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Sistema Cantareira passa a ter faixas de segurança contra seca

Pelas novas regras, o conjunto de represas ganhou cinco faixas de risco que determinarão a quantidade de água que poderá ser retirada para a Grande São Paulo

Folhapress

Publicado em 01/06/2017 às 04:30

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O Sistema Cantareira passará a ter faixas de segurança contra uma possível seca / Rubens Cavallari/Folhapress

Foi publicada nesta quarta-feira (31) as novas regras de exploração do sistema Cantareira, que entre 2014 e 2016 viveu sua pior estiagem e deixou São Paulo à beira do colapso no abastecimento.

Pelas novas regras, o conjunto de represas ganhou cinco faixas de risco que determinarão a quantidade de água que poderá ser retirada para a Grande São Paulo.

Basicamente, para a região metropolitana da Grande São Paulo, a captação funcionará da seguinte forma:

Faixa 1 (normal): quando o Cantareira tiver mais de 60% de sua capacidade, retira-se 33 mil litros de água por segundo.

Faixa 2 (atenção): quando o Cantareira tiver entre 60% e 40% de sua capacidade, retira-se 31 mil litros de água por segundo.

Faixa 3 (alerta): quando o Cantareira tiver entre 40% e 30% de sua capacidade, retira-se 27 mil litros de água por segundo.

Faixa 4 (restrição): quando o Cantareira tiver entre 30% e 20% de sua capacidade, retira-se 23 mil litros de água por segundo.

Faixa 5 (especial): quando o Cantareira tiver entre menos de 20% de sua capacidade, retira-se 15,5 mil litros de água por segundo.

Para se ter uma ideia, em 2014, na primeira vez que as agências reguladoras determinaram que a Sabesp reduzisse a retirada de água do Cantareira, as represas estavam com 16% de sua capacidade. Naquela ocasião, as agências determinaram que a Sabesp reduzisse a captação de água de 31 mil litros por segundo para 27 mil litros por segundo. Pela nova regra, com 16% de água, o Cantareira deveria retirar apenas 15,5 mil litros de água por segundo.

O Cantareira é o maior reservatório e o maior produtor de água potável da Grande São Paulo. Atualmente, ele produz cerca de 24 mil litros de água (40% do que é necessário para abastecer a grande São Paulo atualmente) e está com 52% de sua capacidade, sem considerar o volume morto.

A nova regra prevê ainda que, em momentos de seca, uma agência federal e uma estadual decidam a quantidade de água que deverá ser retirada da bacia do rio Paraíba do sul para abastecer o Cantareira. A transposição será possível graças a uma obra de R$ 555 milhões da Sabesp, que está com 70% de suas obras prontas e deverá entrar em pré-operação em dezembro deste ano.

As regras do Cantareira para a região de Campinas também mudaram. O volume de água enviado para aquela região aumentou de 5 mil litros de água por segundo para 10 mil litros de água por segundo em tempos de seca e para 12 mil litros por segundo em período chuvosos.

Em contrapartida, os pontos de medição desses volumes passaram a considerar não apenas a água liberada pelo Cantareira, mas também os rios que se somam a este reservatório para abastecer a região no interior do Estado.

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