25 de Abril de 2024 • 10:20
Roger Abdelmassih foi condenado a 181 anos de prisão / Fotos Públicas
O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de prisão por abusar sexualmente de pacientes em sua clínica de reprodução, conquistou o direito de cumprir prisão domiciliar.
A decisão judicial foi confirmada pelo advogado de Abdelmassih, José Luis de Oliveira Lima. O médico cumpria pena em presídio em Tremembé (a 147 km de São Paulo) desde o fim de 2014.
Há mais de um mês ele está internado no Hospital São Lucas, em Taubaté (a 140 km de São Paulo), para tratar de uma pneumonia. O médico foi internado diversas vezes desde que foi preso por causa de problemas no coração.
A doença foi justificada por sua defesa para pedir, desde o ano passado, o indulto humanitário, dado a detentos que não têm condições de serem tratados dentro da cadeia.
Abdelmassih ficou conhecido como "médico das estrelas" e chegou a ser considerado um dos principais especialistas em reprodução assistida do país, antes de ser acusado por dezenas de paciente por abuso sexual.
O primeiro caso foi denunciado ao Ministério Público em abril de 2008, por uma ex-funcionária do ex-médico. Depois, dezenas de pacientes com idades entre 30 e 40 anos disseram ter sido molestadas quando estavam na clínica.
As mulheres dizem ter sido surpreendidas por investidas do ex-médico quando estavam sozinhas -sem o marido e sem enfermeira presente (os casos teriam ocorrido durante a entrevista médica ou nos quartos particulares de recuperação). Três afirmam ter sido molestadas após sedação.
Em 2010, o ex-médico foi condenado em primeira instância a 278 anos de prisão pela série de estupros de pacientes. A pena acabou reduzida para 181 anos em 2014 por conta da prescrição de alguns crimes.
Abdelmassih ficou foragido por três anos antes de ser preso e chegou a liderar a lista de procurados da Secretaria da Segurança de Pública de São Paulo. Ele foi localizado em agosto de 2014, em Assunção, no Paraguai, de onde foi deportado.
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