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Responsável por processar dados de aposentadoria, estatal demitirá 14% dos funcionários

Ao todo serão desligadas 20 unidades regionais da companhia que hoje empregam 493 funcionários que prestam atendimento aos clientes da Dataprev

Folhapress

Publicado em 08/01/2020 às 13:06

Atualizado em 08/01/2020 às 13:06

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A grande maioria dos servidores que atuam no atendimento presta esclarecimentos a dúvidas do INSS / Reprodução / Site Dataprev / Portal.Dataprev.Gov.br

A Dataprev, estatal responsável pelo processamento de dados das aposentadorias do país, vai demitir 14% de seus funcionários até fevereiro. A medida faz parte de um plano de reestruturação que pode ajudar no processo de privatização da companhia.

Ao todo serão desligadas 20 unidades regionais da companhia que hoje empregam 493 funcionários que prestam atendimento aos clientes da Dataprev. No total, a empresa conta com 3.360 empregados.

A grande maioria dos servidores que atuam no atendimento presta esclarecimentos a dúvidas do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

Para estimular o desligamento, a estatal ofereceu um acordo. Os principais atrativos são o pagamento de uma multa de 25% do saldo do FGTS (5% a mais do que define a nova regra da legislação trabalhista em casos de acordo) e um adicional à vista de um ano de depósitos no plano de previdência fechada da categoria.

Quem aderir, também terá assistência médica por um ano. Esse acerto, no entanto, se restringirá a um teto de R$ 300 mil.

Caso não aceite o acordo, o funcionário terá o pagamento da multa de 40% sobre o saldo do FGTS e não ficará com os benefícios de saúde e o extra do plano fechado de previdência.

As adesões serão feitas até o dia 20 de janeiro e as demissões concluídas até o final de fevereiro.

Com esse movimento, a Dataprev desembolsar R$ 56 milhões (em indenizações) para economizar R$ 93 milhões por ano.

Esse valor representa 8,8% dos gastos do ano passado.

Dados ainda não consolidados indicam que, em 2019, a Dataprev gerou R$ 1,6 bilhão em receitas com um gasto de R$ 1 bilhão.

Desde 2016, o faturamento cresceu 2,8% e os gastos, 18,2%, descontando a inflação do período.

Segundo a presidente da empresa, Christiane Edington, os cortes fazem parte de um plano que não tem a ver com a privatização.

"São coisas diferentes", disse. "O plano de reestruturação vem desde o ano passado. A companhia já vinha em um esforço de redução de custos e busca de novas receitas."

Edington afirmou que a empresa não participa ativamente do processo de privatização que, segundo ela, será conduzido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Segundo a executiva, caberá ao banco definir se a empresa é viável para a privatização.

Com as demissões, 20 estados serão atendidos por servidores de outras unidades o que, para a empresa, resultará em aumento de produtividade.

Hoje, na média, cada atendente da Dataprev processa duas consultas do INSS por dia. Em Rondônia, que terá sua estrutura extinta, existem dois funcionários que, em média, processam um chamado a cada 40 dias. Em Alagoas, essa média é de dez chamados diários.

Além do enxugamento de custos, a empresa está ampliando sua linha de produtos, cobrindo mais prefeituras e estados com softwares e serviços de gestão para folha de pagamento, previdência complementar e consignado.

Segundo Edington, essa estratégia deve ampliar o faturamento neste ano em R$ 200 milhões.

Em outra frente, a empresa pretende atacar o público privado que, no ano passado, gerou 40% das receitas. Em 2018, o peso da iniciativa privada foi de 30%.

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