24 de Abril de 2024 • 08:04
Brasil
Uma denúncia anônima feita à Polícia Militar indicou que as duas funcionárias haviam colocado produtos alimentícios em um carro estacionado dentro da Escola Estadual Professor Laerte Panighel.
*Foto meramente ilustrativa que não representa os funcionários e nem a escola citada na reportagem. / Arquivo/Agência Brasil
Uma professora, de 35 anos, e uma merendeira, de 50, de uma escola estadual da região de Cangaíba (zona leste da capital paulista), foram presas, por volta das 10h de quinta-feira (14), acusadas de furtar itens da merenda destinada a alunos.
Uma denúncia anônima feita à Polícia Militar indicou que as duas funcionárias haviam colocado produtos alimentícios em um carro estacionado dentro da Escola Estadual Professor Laerte Panighel. No local, policiais conversaram primeiramente com a merendeira, que estava com a chave de um Kia Soul, pertencente à professora, que chegou logo em seguida.
No veículo, policiais militares encontraram produtos alimentícios no porta-malas e no banco traseiro. A professora alegou, segundo boletim de ocorrência, que os produtos "estavam sobrando", e que havia autorização da diretoria do colégio para doação dos itens a uma comunidade carente. A merendeira afirmou que a direção da escola confirmaria a versão da docente aos policiais.
Porém, no 24º DP (Ponte Rasa), a diretora afirmou "jamais ter autorizado" a retirada dos alimentos do unidade de ensino. Por conta disso, a Polícia Civil deu voz de prisão à professora e à merendeira. Ambas foram indicadas por peculato (abuso de confiança pública). Foram recuperados e devolvidos para a escola sacos de arroz, macarrão, açúcar, leite em pó e ovos. A professora e merendeira seriam submetidas a uma audiência de custódia, nesta sexta-feira (15). O resultado das audiências não haviam sido divulgados pelo Tribunal de Justiça até a publicação desta reportagem.
A Secretaria Estadual de Educação, gestão João Doria (PSDB), classificou o caso como "inadmissível", acrescentando já ter pedido o afastamento imediato da merendeira, que presta serviço por meio de uma empresa terceirizada.
Com relação à professora, a DE (Diretoria Regional de Ensino Leste) abriu um processo para apurar preliminarmente o caso. "A mesma será afastada da escola no período de apuração", diz.
A nota afirma que a DE "está à disposição" dos pais, ou responsáveis pelos alunos, para quaisquer esclarecimentos, reforçando que "todas medidas cabíveis serão adotadas."
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