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PF prende ex-gerente da Petrobras na Lava Jato por destruição de provas

Luis Carlos Moreira da Silva é acusado de ser um dos "arquitetos e beneficiários" de acertos de corrupção em contratos de fornecimento de navios-sonda

Folhapress

Publicado em 20/10/2017 às 17:01

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A Polícia Federal prendeu o ex-gerente da Petrobras na Lava Jato por destruição de provas / Agência Brasil

O ex-gerente-executivo internacional da Petrobras Luis Carlos Moreira da Silva foi preso preventivamente em ação da Polícia Federal nesta sexta-feira (20) sob suspeita de destruir provas.

Despacho do juiz Sergio Moro, que autorizou a prisão, afirma que Moreira "apagou seletivamente" mensagens em sua caixa postal. O fato foi descoberto porque o destinatário -também investigado na Lava Jato- não deletou os e-mails.

Moreira é acusado de ser um dos "arquitetos e beneficiários" de acertos de corrupção em contratos de fornecimento de navios-sonda da Petrobras. Ele foi condenado a 12 anos de prisão.

O Ministério Público Federal informou que o ex-gerente foi preso também para que parasse de movimentar recursos ocultados no exterior, o que impossibilitaria a sua recuperação.

Moreira já havia sido alvo da Lava Jato em 2015, quando a polícia realizou buscas e apreensões em residências ligadas ao ex-gerente. Ele também é investigado por desvios na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Além da prisão de Moreira, a PF cumpriu em outra operação simultânea dez ordens judiciais relacionadas a uma investigação sobre pagamento de vantagens indevidas a executivos da Petrobras pelo Setor de Operações Estruturadas do grupo Odebrecht, o departamento de propina da empresa.

O montante desses pagamentos indevidos chega a R$ 95 milhões, segundo a PF.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, um mandado de condução coercitiva e um mandado de prisão temporária nas cidades de Recife e do Rio de Janeiro, além de três intimações.

Os investigados responderão pela prática dos crimes de associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.

Em nota, a PF afirma que "há indícios concretos de que um grupo de gerentes da Petrobras se uniu para beneficiar o grupo Odebrecht em contratações com a petroleira, mediante o pagamento de valores de forma dissimulada em contas de empresas off-shores estabelecidas no exterior".

O investigado que seria preso temporariamente iria ficar na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, porém, como passou por uma cirurgia recentemente que exige repouso absoluto, ele não viajou.

No Recife foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do empresário Djalma Rodrigues de Souza, na avenida Boa Viagem. Nada foi apreendido no local.

Souza já havia sido denunciado pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

Na denúncia, Janot afirmou que o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) foi apresentado ao dono da UTC, Ricardo Pessoa, por Djalma Rodrigues de Souza como um deputado que poderia ajudar a UTC a ganhar contratos no âmbito da chamada Petrocoque, controlada pela Petrobras.

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