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Política

Paralisação no Banco Central teve adesão de 50% da categoria, diz sindicato

Parte deles participaram de um ato que reuniu aproximadamente 200 pessoas em frente à sede do órgão em Brasília. Outros 500 realizaram uma mobilização por meio de videoconferência

Folhapress

Publicado em 18/01/2022 às 15:48

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O Banco Central não comentou sobre o ato, que faz parte da mobilização nacional do funcionalismo público por recomposição salarial / Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Servidores do Banco Central paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira (18) por duas horas para pressionar o governo a conceder reajuste salarial para a categoria. De acordo com o presidente do Sinal (Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central), Fábio Faiad, 50% dos funcionários do órgão cruzaram os braços entre 10h e 12h.

Parte deles participaram de um ato que reuniu aproximadamente 200 pessoas em frente à sede do órgão em Brasília. Outros 500 realizaram uma mobilização por meio de videoconferência.

Apesar da paralisação, Faiad afirma que os serviços do BC não foram afetados. "Hoje, a ideia não era impactar, todos os serviços foram mantidos. O impacto é mais político, mostrar a indignação dos servidores com a situação", disse.

O Banco Central não comentou sobre o ato, que faz parte da mobilização nacional do funcionalismo público por recomposição salarial. Além de funcionários do banco, servidores de categorias como do legislativo e do judiciário também protestaram em frente ao órgão. Mais tarde, às 14h, haverá outra manifestação, no Ministério da Economia, de onde despacha Paulo Guedes.

Os atos foram inicialmente convocados pelo Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado), que reúne grupos com forte poder de pressão, como auditores fiscais, diplomatas, entre outros.

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"O protesto é para abrir uma mesa de negociação com o governo e a gente começar a discutir a necessidade de recomposição salarial. Nós temos novas atividades na próxima semana. Na primeira semana de fevereiro, vamos avaliar, se for o caso, uma greve geral do funcionalismo", afirma Rudinei Matos, presidente da Fonacate.

A mobilização agora recebe o reforço do Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), que representa leque mais amplo de carreiras, inclusive aquelas com menores salários, e vai participar do ato.

Guedes é contra a concessão de reajustes generalizados. No entanto, ele cedeu a Bolsonaro ao pedir ao Congresso uma reserva de recursos no Orçamento de 2022 para atender aos policiais federais. O valor aprovado é de R$ 1,7 bilhão. Embora o recurso não esteja carimbado, policiais têm dado indicações públicas de que não aceitarão recuo de Bolsonaro e afirmam que eventual desistência seria traição do presidente.

As categorias que aderiram à mobilização criticam a seletividade do aumento.

Nas últimas semanas, servidores entregaram cargos em protesto e reduziram o ritmo de execução de atividades –a chamada operação-padrão. Um dos reflexos foi a formação de filas de caminhões em portos e zonas de fronteira.

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