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Paralisação de PMs no Espírito Santo chega ao sétimo dia sem solução

Desde segunda-feira (6), o patrulhamento tem sido feito pelas Forças Armadas e pela Força Nacional. O Ministério da Defesa anunciou o reforço em todo o estado

Agência Brasil

Publicado em 10/02/2017 às 14:00

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A força-tarefa conta atualmente com 1.783 homens / Tânia Rêgo / Agência Brasil

A grave crise na segurança pública no Espírito Santo desencadeada pela paralisação dos policiais militares chega hoje (10) ao sétimo dia sem solução até o momento. O secretário de Segurança Pública, André Garcia, e o comandante geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, acompanhados de toda a cúpula da segurança pública, vão anunciar esta manhã as ações que serão tomadas após o resultado da reunião de negociação com o movimento grevista da Polícia Militar.

A reunião entre os secretários do governo do Espírito Santo e representantes das mulheres e das associações de classe dos policiais militares terminou sem acordo no início da madrugada desta quarta-feira após dez horas de negociação.

Desde segunda-feira (6), o patrulhamento tem sido feito pelas Forças Armadas e pela Força Nacional. O Ministério da Defesa anunciou ontem (9) o reforço na segurança em todo o estado. O comandante da força-tarefa da Operação Capixaba, general Adilson Katibe, disse que, até o fim de semana, o número total de militares deve chegar a 3 mil homens. A força-tarefa conta atualmente com 1.783 homens, sendo 1 mil do Exército, 373 da Marinha, 110 da Força Aérea e 300 da Força Nacional.

Segundo o ministério, as tropas das Forças Armadas estão vindo do Rio de Janeiro,  de  Juiz de Fora (MG), Brasília, Taubaté (SP), além de militares do próprio estado do Espírito Santo. Estão sendo empregados na operação três blindados da Marinha, e devem chegar mais quatro dentro das próximas horas. No total, 106 viaturas, além de helicópteros, são empregados pelas forças federais.

Número de homicídios

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo, foram registrados 121 homicídios no estado desde sábado (4) até a manhã de hoje, a maior parte na região metropolitana de Vitória. A Secretaria de Segurança Pública não divulgou um balanço das ocorrências.

Febre amarela

Umas das consequências da falta de patrulhamento dos policiais nas ruas é a suspensão da vacinação da febre amarela nas unidades de saúde na Grande Vitória. O estado é um dos que têm registrado casos da doença. Com 114 notificações de suspeitas da doença, o Espírito Santo tem 20 casos confirmados de febre amarela e continua investigando 89. Seis pessoas morreram pela doença nos municípios de Ibatiba, Irupi, Itarana e Pancas.

Os ônibus não voltaram a circular hoje na Grande Vitória. Eles chegaram a circular na manhã de ontem, mas pararam após a morte do presidente do Sindicato dos Rodoviários de Guarapari, Wallace Barão. Ele foi encontrado morto a tiros dentro de um carro na manhã dessa quinta-feira, em Vila Velha.

Escolas, unidades de saúde, agências bancárias, repartições públicas e a maior parte das lojas estão fechadas desde segunda-feira na grande Vitória.

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