Brasil

Pantanal tem recorde de queimadas em nove meses

Segundo o Inpe, entre 1º de janeiro e 30 de setembro deste ano, o total de pontos de fogo no Pantanal já supera em 82% o total de queimadas observado ao longo de 2019

Gazeta de S. Paulo

Publicado em 01/10/2020 às 14:30

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Força-tarefa que atua na região da Serra da Amolar, no Pantanal, para combater os focos de incêndio / Sílvio de Andrade

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As queimadas no Pantanal bateram recorde nos último nove meses. De acordo com dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 1º de janeiro e 30 de setembro deste ano, o total de pontos de fogo no Pantanal – 18.259 – já supera em 82% o total de queimadas observado ao longo de todo o ano passado no bioma (10.025).

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Os focos de incêndio também são os maiores observado para o período de um ano desde o início dos registros do Inpe, em 1998. O maior valor até então era o de 2005, com 12.536 focos para 12 meses.

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Além disso, as queimadas no bioma- maior planície úmida do mundo, que se estende pelos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul – no mês de setembro deste ano tiveram alta de 180% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em setembro de 2019 foram 2.887 registros de incêndio, já no mesmo mês deste ano foram 8.106 focos de calor.

Em área, as queimadas já consumiram neste ano cerca de 23% do bioma, segundo estimativas do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da UFRJ, compiladas até 27 de setembro. O cálculo aponta que o fogo atingiu até domingo (26) 34.610 km².

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O Instituto Centro de Vida (ICV), organização sediada em Mato Grosso e que tem acompanhado de perto as queimadas no bioma, relatou no início da semana que mesmo as primeiras chuvas de setembro ainda não foram capazes de controlar o alastramento dos incêndios no estado.

De acordo com o ICV, o fogo segue avançando pelo Parque Estadual Encontro das Águas, maior reduto de onças pintadas do mundo e que já teve 93% de sua área atingida. Outra unidade de conservação afetada foi a Estação Ecológica Taiamã, com 27% da área queimada.

Amazônia
A Amazônia também teve alta no número de focos de incêndio em setembro. Foram 32.017 focos, alta de 60,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, que teve 19.925 focos em setembro. É o maior valor desde 2017 para este mês no bioma. Já em agosto, tinha ocorrido uma leve queda dos focos na Amazônia em comparação com os números do mesmo mês no ano passado (29.307 ante 30.900).

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