19 de Março de 2024 • 00:38
Se comparado com 2019, quando setembro teve 2.887 focos detectados em 30 dias, o mesmo mês de 2020 já apresenta uma alta de 94% / Mayke Toscano/Secom-MT
O Pantanal já bateu o recorde histórico de queimadas para todo o mês de setembro. O recorde para o mês era de 2007, com 5.498 focos de calor registrados pelo Programa Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), neste ano, o número já foi ultrapassado com 5.603 registros até 16 dia de setembro, quase três vezes acima da média para o mês.
Se comparado com 2019, quando setembro teve 2.887 focos detectados em 30 dias, o mesmo mês de 2020 já apresenta uma alta de 94%.
A situação crítica e sem controle ocorre em meio ao período de estiagem do bioma, em um contexto em que mesmo a temporada de chuvas precedente foi seca em relação ao histórico climático da região e sem qualquer perspectiva de melhora.
A conjuntura gravíssima já estava no horizonte com o que foi observado nos meses anteriores. O primeiro semestre do ano foi o de maior número de queimadas na história do Pantanal, com o mesmo se repetindo no mês de julho. Agosto ficou pouco abaixo do recorde histórico.
Este ano já possui o maior número de queimadas registradas no Pantanal, com grande distância dos valores de outros anos.
A alta histórica do fogo já destruiu o maior refúgio de araras-azuis do mundo e 85% do Parque Estadual Encontro das Águas, abrigo das onças pintas-pintadas.
Incêndios investigados
A Polícia Federal investiga fazendeiros da região que podem ter começado incêndios. Em entrevista à “CNN Brasil”, o delegado Daniel Rocha afirmou que quatro proprietários estão sendo investigados e disse que sua equipe analisa focos de incêndio de junho e julho e que "não têm como não terem sido ocasionados por ação humana".
*Com informações da Folhapress
Polícia
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