O número de adolescentes grávidas no Brasil caiu 17% entre 2004 e 2015 / Agência Brasil
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O número de adolescentes grávidas no Brasil teve uma queda de 17% entre os anos de 2004 a 2015, de acordo com o Sinasc (Sistema de informação sobre Nascidos Vivos) do Ministério da Saúde.
A redução foi de 661.290 nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos para 546.529. Os números foram divulgados hoje na Pesquisa Saúde Brasil. O estudo também apontou que, atualmente, cerca de 66% do total de mães adolescentes não planejaram a gravidez. Dos 3 milhões de nascidos vivos no país em 2015, 18% são de jovens com idades entre 10 e 19 anos.
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Índice de gravidez na adolescência no Brasil - Regiões com mais filhos de mães adolescentes
Para a diretora do DAPES (Departamento de Ações Programáticas Estratégicas), Thereza de Lamare, a queda no índice de gravidez na adolescência está ligada a diversos fatores: "O programa Saúde da Família, que aproxima os adolescentes dos profissionais de saúde, mais acesso a métodos contraceptivos e ao programa Saúde na Escola que oferece informação de educação em saúde", destaca.
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Segundo o Ministério da Saúde, o órgão tem investido em políticas de educação em saúde e em ações para o planejamento reprodutivo para reduzir esses casos. Uma das iniciativas é a distribuição das Caderneta de Saúde de Adolescentes (CSA), com as versões masculina e feminina. A caderneta contém os subsídios que orientam o atendimento integral dos jovens, com linguagem acessível, possibilitando ao adolescente ser o protagonista do seu desenvolvimento.
Outra política de prevenção é a distribuição da Pílula Combinada, Anticoncepção de Emergência, minipílula, anticoncepcional injetável mensal e trimestral, e diafragma, assim como preservativo feminino e masculino.
Recentemente, a pasta anunciou a oferta de DIU de Cobre em todas as maternidades brasileiras. Segundo Lamare, "O DIU é um método que dura 10 anos, de longa duração e não precisa da adolescente ficar lembrando, o que é um fator importante para evitar a gravidez."
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O estudo Saúde Brasil também apontou um aumento do parto normal entre mães adolescentes. Cerca de 70% das adolescentes, entre 10 e 19 anos de idade no ano de 2014, tiveram seus filhos por parto normal, enquanto em 2013 esse percentual foi de 55%.