Brasil

Ministro afirma que desmatamento na Amazônia está em queda neste ano

Após quase uma década de queda, os índices começaram a subir, principalmente a partir de 2015

Folhapress

Publicado em 21/03/2017 às 20:01

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Ministro Sarney Filho disse que o desmatamento na Amazônia está em queda neste ano / Agência Brasil

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O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, afirmou nesta terça-feira (21) que dados preliminares apontam queda nos índices de desmatamento na Amazônia em 2017. Após quase uma década de queda, os índices começaram a subir, principalmente a partir de 2015. No ano passado, foram quase 8.000 quilômetros quadrados desmatados na região.

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"Dados preliminares, não oficiais ainda, indicam que neste ano já houve reversão da curva do desmatamento para trajetória descendente", afirmou o ministro em seu discurso na abertura do Aliança Pelas Florestas Tropicais 2020 (TFA 2020), um evento do Fórum Econômico Mundial.

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O TFA 2020, criado em 2012 durante a Rio+20, é uma aliança global de governos, organizações e empresas para produzir commodities florestais sem desmatar as florestas tropicais. O evento desse organização traz ao Brasil ministros do setor de vários países como Noruega, Congo e Colômbia, além de técnicos e governantes locais.

O ministro Sarney Filho atribuiu o aumento do desmatamento ao enfraquecimento dos órgãos de fiscalização, citando o Ibama e o ICM-Bio (Instituto Chico Mendes), dizendo que a crise política e econômica do país nos últimos dois anos enfraqueceu o orçamento deles.

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Segundo ele, ao chegar aos ministério em 2016, encontrou um quadro de funcionamento precário desses órgãos e que, a partir do meio do ano, as liberações de verbas voltaram a ocorrer e foi possível terminar o 2016 sem contingenciar recursos do orçamento.

Em pé

De acordo com Sarney Filho, a fiscalização é essencial para evitar a perda da área florestal na região, mas não é instrumento suficiente para manter "a floresta de pé".

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"Comando e controle são importantes. Não fosse isso, não teríamos tido a redução. Mas não é a solução definitiva. A vertente mais importante é a da sustentabilidade. É preciso que se valorize a floresta em pé", disse Filho.

Para aumentar a conservação da Amazônia, o ministro citou as concessões de áreas florestais que, segundo ele, estão crescendo 18% em relação ao governo anterior devido à maior segurança jurídica sobre o tema. Ele afirmou que a ideia agora é estimular concessões de menor porte para atingir mais pessoas.

Para isso, Sarney Filho afirmou que é essencial o funcionamento de dois sistemas de informação desenvolvidos pelo ministério, o CAR (Cadastro Ambiental Rural) e o Sinaflor.

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O primeiro reúne as informações sobre todos os imóveis rurais do país e o segundo faz o monitoramento da produção florestal (principalmente madeira), desde o plantio até a exportação ou industrialização.

Segundo o ministro, o uso desses dois instrumentos vai capacitar o ministério a melhorar o gerenciamento das florestas para que o país possa cumprir seus compromissos internacionais de conservação.

"O ministério tem interesse em acompanhar os trabalhos da TFA 2020, que são coincidentes com nossas prioridades e diretrizes para diminuir o desmatamento", disse Filho.

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O italiano Marco Albani, diretor do TFA 2020, agradeceu à liderança do país em relação ao combate ao desmatamento, lembrando que o Brasil pode ter uma fantástica colaboração com os esforços da Aliança para a redução do desmatamento no mundo.

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