27 de Abril de 2024 • 00:16
Brasil
Companhia já foi escolhida como o melhor sistema de transporte da Capital, mas também é alvo de críticas por superlotação, falhas e atraso de entrega de novas estações
Movimentação na estação Barra Funda do Metrô durante a pandemia / Aloisio Mauricio/Fotoarena/Folhapress
Por Bruno Hoffmann
O Metrô de São Paulo completou 46 anos de operação neste mês. Em setembro de 1974, a primeira viagem oficial foi realizada entre as estações Jabaquara e Vila Mariana, na zona sul da cidade, em um percurso de 7 quilômetros. Desde então, a companhia já foi escolhida como o melhor sistema de transporte da capital paulista, mas também é alvo de críticas constantes de superlotação, falhas no sistema e atraso de entrega de novas estações.
O Metrô paulistano tem seis linhas, com 89 estações e 101,1 quilômetros de extensão, e transporta mais de 4 milhões de passageiros por dia (números de antes da pandemia, incluindo dados da ViaQuatro e ViaMobilidade, empresas que operam duas das linhas). Como comparação, o maior sistema de metrô do mundo é o de Xangai, na China, com 637 quilômetros, 17 linhas e 387 estações.
Pela previsão inicial, a sétima linha do metrô já deveria estar atendendo a população. Prometida para ser entregue em 2020, as obras da Linha 6-Laranja, que vai ligar a Brasilândia, na zona norte da cidade, à estação São Joaquim, no centro, estão paralisadas desde 2016 e devem ser retomadas até o fim deste ano.
Já a Linha 17-Ouro havia sido prometida para a Copa do Mundo de 2014, mas até agora não transportou nenhum passageiro, com uma sequência de paralisações, seja por decisão do governo, seja pela Justiça.
Neste mês, o Metrô suspendeu mais uma vez o edital para contratação da empresa responsável pelas obras de acabamento e paisagismo de sete estações da linha do monotrilho. A medida foi tomada após determinação da Justiça. A empresa que tinha vencido a licitação teve o contrato rompido pelo Metrô e acionou o Tribunal de Justiça. O governo do de São Paulo prevê a entrega dos 6,7 quilômetros para 2022.
Há um desejo antigo da população de que haja estações também na Grande São Paulo. O plano de o sistema chegar a Guarulhos, porém, não deve mais acontecer tão cedo. Prometida para ser entregue em 2013, o projeto inicial da expansão da Linha 2-Verde seguia até a cidade. Mas, agora, só vai até a estação Penha, na zona leste da Capital.
Por outro lado, há negociações entre o Metrô e a ViaQuatro para que a empresa ligue a estação Vila Sônia à de Taboão da Serra, na região sudoeste da Grande São Paulo. A extensão até Taboão da Serra, com uma parada intermediária da Chácara do Jóquei, já fora prometida pelo então governador Geraldo Alckmin (PSDB) em 2012.
A companhia publicou em agosto o aviso de mais uma licitação relacionada à linha 20-Rosa, prevista para ligar a cidade de Santo André, no ABC Paulista, à futura estação-terminal Santa Marina, na região da Lapa, na zona oeste da capital paulista. Não há previsão para as obras e muito menos para o início da operação.
CPTM
Complementando o transporte sobre trilhos, São Paulo conta com os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que tem 271 Km de linhas, 94 estações e transportam em média 3 milhões de passageiros por dia.
Em junho, a CPTM publicou o aviso de duas licitações para a expansão da linha 9-Esmeralda para Varginha, no extremo sul da cidade de São Paulo. A obra havia sido prometida originalmente para 2014, mas agora a primeira das duas extensões deve ser entregue à população apenas em 2021.
Outra linha prometida para a Copa do Mundo no Brasil foi a 13-Jade, que conectaria o aeroporto de Guarulhos à Capital. Ela, porém começou a operar de fato em 2018 e ainda não tem a sua conclusão definida.
De acordo com o site “ViaTrolebus”, especializado em transportes, o governo de São Paulo tem planos de levar o atendimento da linha para a estação Palmeiras-Barra Funda. Essa seria uma tentativa da administração estadual em elevar o uso da linha, que hoje não transporta mais que 16 mil passageiros por dia.
Polícia
Um dos agentes envolvidos alegou que sua câmera corporal estava descarregada no momento dos tiros
Cotidiano
O acidente ocorreu por volta das 6h30, no cruzamento da Rua Comendador Martins com a Júlio de Mesquita