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Medicina da USP aprova cotas raciais; decisão será apreciada por conselho

A expectativa da faculdade é que a mudança passe a valer no próximo vestibular, em 2018

Estadão Conteúdo

Publicado em 03/07/2017 às 22:30

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As outras 125 vagas serão preenchidas por meio da prova da Fuvest / Divulgação

A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) vai adotar parcialmente o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para o ingresso de estudantes. Com isso, a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será utilizada para selecionar estudantes oriundos de escolas públicas. O exame da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), no entanto, continuará sendo aplicado. A decisão ainda passará pelo Conselho Universitário (Consu). A expectativa da faculdade é que a mudança passe a valer no próximo vestibular, em 2018.

A medida aprovada pela congregação da FMUSP prevê que, das 175 vagas do curso de medicina, 50 serão selecionadas via Sisu. Desse total, dez serão reservadas para ampla concorrência; 15 para estudantes da rede pública que se autodeclararem pretos, pardos e indígenas (PPI); e 25 vagas para candidatos que tenham feito o ensino médio em escola pública.

As outras 125 vagas serão preenchidas por meio da prova da Fuvest, sendo que os estudantes oriundos de escolas públicas que fizerem o exame poderão acessar bônus do Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp). O bônus é de 15% nesses casos. Os que se autodeclararem pretos, pardos ou indígenas recebem bônus adicional de 5%.

“A adoção do Sisu é uma forma de propiciar maior acesso de alunos de todo o Brasil aos cursos de graduação da Faculdade de Medicina da USP”, disse, em nota, o diretor da FMUSP, Jose Otavio Costa Auler Jr.

A medida foi comemorada pelos integrantes do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (Caoc). “Representa um primeiro passo para a democratização do acesso à universidade. A Faculdade de Medicina é um dos últimos cursos a aderir ao Sisu, mantendo-se um dos mais brancos e elitizados de toda a USP. Esperamos que, com essa vitória, esse panorama se altere e a FMUSP se pinte de povo”, diz nota da entidade.

No último dia 30 de maio, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou a implementação de cotas sociais e raciais para o ingresso na universidade.

Outros cursos

A mudança também valerá para outros cursos da Faculdade de Medicina. Das 25 vagas ofertadas no curso de fisioterapia, três serão preenchidas por candidatos do Sisu que se autodeclararem pretos, pardos ou indígenas. O mesmo número será adotado na terapia ocupacional, sendo que das três vagas, uma será reservada para aluno que se autodeclarar preto, pardo ou indígena. Na fonoaudiologia, a reserva será de cinco vagas, sendo três para candidatos de escolas públicas e duas para alunos de escolas públicas que se autodeclararem pretos, pardos ou indígenas.

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