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Mar invade duas obras olímpicas em Copacabana

A ressaca no mar de Copacabana derrubou grades e invadiu no domingo (12) dois canteiros de obras olímpicas: a arena de vôlei de praia e os estúdios de TV

Folhapress

Publicado em 13/06/2016 às 08:30

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Mar invade duas obras olímpicas em Copacabana / Divulgação/COI

A ressaca no mar de Copacabana derrubou grades e invadiu no domingo (12) dois canteiros de obras olímpicas: a arena de vôlei de praia e os estúdios de TV. 

As duas instalações estão sendo erguidas em pontos diferentes das areias da praia. 

A força da água foi tanta que arrastou as grades colocadas em volta da obra. Com a previsão de ressaca neste final de semana, operários levantaram na sexta (10) barreiras de areia de mais de dois metros para proteger a arena. Mesmo assim, a água conseguiu avançar por boa parte do canteiro, localizado próximo do posto dois.

O Comitê Organizador dos Jogos informou que a barreira de areia tinha objetivo de minimizar os efeitos da ressaca, o que "foi obtido com sucesso". De acordo com os organizadores, "a estrutura ficou molhada, mas as ondas não afetaram a estrutura da arena. Não houve maiores estragos". 

O mar está agitado no Rio por causa da frente fria. Segundo o Centro de Hidrografia da Marinha, até segunda (13) as ondas podem chegar a 3,5 metros. No sábado (11), foi registrada uma onda de seis metros na entrada da baía de Guanabara.

Apesar da construção da arena de vôlei ter sido embargada na última sexta (10), operários entraram no canteiro para retirar máquinas e materiais da obra.

Em outro ponto de Copacabana, nas proximidades da rua Bolivar (no posto cinco), a estrutura levantada para receber os estúdios de TVs na praia durante os Jogos também foi tomada pela água no início da manhã. As grades próximas ao mar foram destruídas, mas os equipamentos não foram danificados. 

MORADORES PROTESTAM

A obra é contestada por parte dos moradores do bairro. Os estúdios vão funcionar numa enorme instalação azul de quatro andares. A Sociedade de Amigos de Copacabana entrou com uma representação no Ministério Público contra a obra, mas não obteve sucesso até agora. A entidade alega que a construção tem impacto negativo na orla.

Responsável pela geração das imagens dos jogos, a OBS (Olympic Broadcasting Services) informou que a estrutura da torre não foi danificada. Os danos, segundo a OBS, foram causados somente nas grades instaladas para evitar que pessoas entrem no canteiro de obras. 

A OBS informou que o projeto de construção previa a ocorrência de ressacas no mar de Copacabana. "É por isso que não houve danos à torre. As fundações foram construídas levando em consideração ondas até maiores", diz o comunicado.

A empresa também informou que possui todos os alvarás necessários para construir no local e que a equipe técnica tomou todas as medidas de segurança exigidas.

ARENA EMBARGADA

Na sexta, a Prefeitura do Rio embargou a construção da arena olímpica de vôlei de praia, como revelou a Folha de S.Paulo.

O Comitê Organizador dos Jogos ainda não obteve uma licença [de instalação] na Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

A arena será a maior instalação esportiva montada em Copacabana (terá 62 mil metros quadrados e cerca de 700 metros de extensão). O ponto mais alto terá 21 metros, o equivalente a um prédio de sete andares. 

Além de quadra central, que abrigará 12 mil torcedores, o terreno comportará duas quadras externas de aquecimento e cinco para treinamento.

A organização da Olimpíada afirmou que a arena do vôlei de praia é segura e negou qualquer possibilidade de diminuir o tamanho das quadras, para deixar a arquibancada mais distante do mar.

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