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Fase vermelha: passageiros se aglomeram em trens, em São Paulo, no primeiro dia

A medida valerá até o dia 19 de março para tentar barrar a evolução da curva de infecções, óbitos e internações devido ao novo coronavírus

Folhapress

Publicado em 08/03/2021 às 19:30

Atualizado em 08/03/2021 às 21:10

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As aglomerações e o fluxo contínuo de passageiros em trens e estações do metrô e da CPTM contrastou com o vazio das ruas / Divulgação/Governo de SP

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As aglomerações e o fluxo contínuo de passageiros em trens e estações do metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) contrastou com o vazio das ruas de algumas regiões da capital paulista, na manhã desta segunda-feira (8), primeiro dia útil da fase vermelha do Plano São Paulo, a mais restritiva com relação a medidas de prevenção à Covid-19.

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O governo de São Paulo, gestão João Doria (PSDB), colocou todo o estado na fase vermelha desde a 0h de sábado (6). A medida valerá até o dia 19 de março para tentar barrar a evolução da curva de infecções, óbitos e internações devido ao novo coronavírus.

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Por volta das 6h50, a reportagem chegou em uma das plataformas de embarca da estação Corinthians-Itaquera, da linha 3-vermelha do metrô. Os passageiros se aglomeravam nos cercadinhos que controlam o fluxo de entrada nos trens, diferentemente do entorno da estação, vazio e com pouco movimento de pedestres.

Com a chegada dos trens, porém, nem todos embarcavam, como a analista bancária Paloma Góes, 25 anos. "Me sinto insegura de entrar no vagão muito cheio e, por isso, espero um pouco, até esvaziar um pouco. Em minha opinião, essa fase vermelha não resolve nada no metrô, como está dando pra ver [com as aglomerações]", afirmou. Ela embarcou em um trem, menos cheio, cerca de cinco minutos depois.

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O intervalo entre a saída e chegada dos trens foi de entre três e quatro minutos no local, conforme calculado até às 7h05, quando o Agora embarcou em uma composição, sentido Barra Funda. A reportagem permaneceu em frente à porta 38, do carro G 113, onde também estava a auxiliar administrativa Jéssica Castro Santos, 29.

Ela usa a linha diariamente para trabalhar, na região da estação Marechal Deodoro, penúltima antes do fim da linha, na Barra Funda. "Você vai ver, até chegar na Sé, vai lotar de gente. Isso é uma hipocrisia, por parte do governo, pois proíbe as pessoas de se aglomerar no lazer, nos fins de semana, mas não faz nada pra controlar as aglomerações que acontecem todos os dias [no transporte público]", criticou.

Conforme Jéssica havia antecipado, o vagão foi enchendo a cada parada, até que na estação Carrão já era impossível evitar o contato físico com outros passageiros. O local também estava muito quente e sem ventilação.

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De tempos em tempos, alertas sonoros orientavam os passageiros para usar máscara, álcool em gel e também para evitar conversar ao telefone, falar com outras pessoas, ou ainda consumir bebidas e alimentos que, neste caso, obriga a retirada de máscaras de proteção.

O aperto e aglomeração se manteve até a estação Sé, onde parte dos passageiros desembarcou, caminhando ainda aglomerados, principalmente nas escadas rolantes, para embarcar na linha 1-azul, sentido Jabaquara (zona sul) ou Tucuruvi (zona norte), para onde o Agora seguiu por volta das 7h40, até chegar na estação Luz, que faz interligação com a CPTM e a linha 4-amarela.

Centenas de passageiros circulavam pelo local, principalmente desembarcando da CPTM e indo para o metrô, fazendo com que não parecesse que todo o estado está na fase mais restritiva do Plano São Paulo.

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