Brasil

Estudantes desenvolvem macarrão instantâneo saudável e sem glúten

Foram necessários oito meses de trabalho para que as alunas da Etec Irmã Agostina, da Capital, criassem a receita prática e nutritiva que pode beneficiar celíacos

Da Reportagem

Publicado em 15/03/2023 às 14:07

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Criado à base de farinha de grão-de-bico, o macarrão instantâneo criado pelas alunas é uma alternativa nutritiva para os celíacos / Divulgação

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O Brasil é o país latino-americano cuja população mais consome macarrão instantâneo, de acordo com a Associação Mundial de Macarrão Instantâneo (Wina). Segundo uma pesquisa realizada em 2022 pela Kantar, empresa de consultoria, em 12 meses acumulados até abril do ano passado, as vendas de macarrão instantâneo cresceram 1%, enquanto outros tipos de macarrão tiveram uma queda.

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Por esse dado ser preocupante, uma vez que esse tipo de alimento contém altos teores de gorduras e sódio, as alunas Fernanda Sayuri dos Santos Tanno e Sophia Rodrigues Costa da Silva, da Escola Técnica Estadual (Etec) Irmã Agostina, da Capital, desenvolveram um macarrão instantâneo à base de farinha de grão-de-bico. O objetivo é oferecer uma alternativa prática e nutritiva para o público, inclusive para portadores de doença celíaca, considerada uma reação imunológica à ingestão de glúten.

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"A ideia de criar um macarrão instantâneo mais saudável surgiu em meados de 2019. A partir disso, começamos a trabalhar para a criação do projeto do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Nós pesquisamos bastante e buscamos conhecer o perfil nutricional ruim desse tipo de macarrão e as consequências do consumo. Com isso, identificamos a dificuldade das pessoas que convivem com doença celíaca, principalmente em relação aos alimentos específicos que precisam consumir, e fomos atrás de uma solução que não tivesse custo tão alto", conta Fernanda Sayuri que, como a colega Sophia, cursou o técnico de Nutrição e Dietética.

Ao todo foram necessários oito meses para o desenvolvimento do produto e cerca de três testes com receitas distintas para avaliar a viabilidade. As estudantes também buscaram encontrar a melhor forma de cozimento para desidratação da massa e armazenamento, a fim de verificar quanto tempo o produto poderia ficar exposto para o consumo nas prateleiras.

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Sophia conta que, para o futuro, a ideia é aprimorar e patentear a receita. "Queremos que esse produto ajude a população como um todo e, principalmente, os celíacos", pontua.

Com o apoio da professora e orientadora Gabriela de Lima Santiago, as alunas submeteram o projeto à Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), evento anual que reúne projetos de alunos das Etecs e Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs). O trabalho se tornou um dos finalistas da feira, cuja premiação ocorre no fim deste mês.

"É maravilhoso saber que um trabalho sobre alimentação saudável apresentou tamanha relevância em uma feira de tecnologia. Também é muito estimulante perceber o potencial dos nossos jovens adolescentes, especialmente nessa área, tão importante para o desenvolvimento do nosso país. Tudo isso me faz acreditar que dias melhores estão chegando," finaliza Gabriela.

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