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Enem estreia novo formato neste domingo

Neste primeiro domingo (5), os inscritos farão a partir das 13h (horário de Brasília) provas de ciências humanas, linguagens e redação

Folhapress

Publicado em 05/11/2017 às 08:30

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Além da redação, cada prova tem 45 questões. O aluno tem em média 3 minutos para resolver cada questão / Agência Brasil

O Enem começa neste domingo (5) com uma novidade: pela primeira vez a prova será aplicada em dois domingos consecutivos, e não mais no mesmo fim de semana.

Apesar da ansiedade que envolve qualquer processo seletivo, o novo formato trouxe alívio para a estudante Giovana Giardini, 17. "Essa mudança ajudou muito, me sinto muito menos pressionada, porque dá um tempo para respirar entre uma prova e outra", diz ela, que planeja cursar rádio e TV.

Neste primeiro domingo (5), os inscritos farão a partir das 13h (horário de Brasília) provas de ciências humanas, linguagens e redação. A duração é de 5h30. No próximo (12), é a vez de matemática e ciências da natureza, e os alunos terão 4h30 para fazer a prova.

Além da redação, cada prova tem 45 questões. O aluno tem em média 3 minutos para resolver cada questão.

Aluna do 3º ano do colégio Vicente Pallotti, na Vila Matilde, zona leste de SP, Giardini tem realizado vários simulados inspirados no Enem e participou da última edição para treinar. "O maior desafio é administrar o tempo, porque tem muita leitura", diz.

O Exame Nacional do Ensino Médio recebeu 6,7 milhões de inscrições. É a porta de entrada para praticamente todas as universidades federais do país, além de algumas estaduais, como a USP, por exemplo, que seleciona parte dos alunos também pela nota da prova.

Experiente na preparação de alunos para vestibular, com 48 anos de docência, a coordenadora pedagógica do Objetivo, Vera Lúcia Antunes, diz que a alteração foi muito positiva para os alunos. "Era muito cansativo fazer a prova no mesmo fim de semana", diz. "Os alunos conseguiram melhores resultados nos nossos simulados".

A divisão do exame para dois domingos foi decidida pelo MEC (Ministério da Educação) após consulta na internet. A concentração no mesmo fim de semana era vista como uma forma de garantir maior controle na operação logística de um exame deste tamanho.

A prova será realizada, neste ano, em 1.725 municípios. Ao todo, são 12.432 locais de aplicação.

O Enem registrou um histórico de falhas depois que virou vestibular, em 2009. Naquele ano, a prova vazou, e o exame foi cancelado. Houve ainda falhas de gráfica e vazamentos de questões, em 2010 e 2011, respectivamente.

Na última segunda-feira (30), a Polícia Civil de Goiás prendeu um grupo que dava golpes em concursos e planejaria fraudar o Enem. Duas operações da Polícia Federal, em novembro do ano passado, prenderam pelo menos 11 pessoas suspeitas de participar em um esquema de fraude na avaliação.

Segundo o MEC, cerca de 23 mil agentes de segurança pública trabalham na segurança do exame. Atuam, por exemplo, nas escoltas e distribuição das provas e na vigilância dos locais de armazenamento. O ministério tem a colaboração de secretarias estaduais de segurança pública e das Forças Armadas.

A pasta garante que a segurança está mais reforçada e o que o exame não corre risco. "O Enem 2017 reúne o maior número de itens/ estratégias de segurança. Serão 67 mil detectores de metal, número que garante vistoria dos participantes na entrada e na saída de todos os banheiros", disse, em nota, o MEC.

Redação

A redação se tornou alvo de polêmica judicial desde que a 5ª turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou, no dia 26 de novembro, a suspensão de item do edital que prevê zerar a prova de quem desrespeitar os direitos humanos.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o Inep, órgão do Ministério da Educação, foram ao STF contra a decisão.

Dodge argumentou que a medida viola a segurança jurídica e que sua suspensão evitaria "grave lesão à ordem pública" e "o desnecessário tumulto na preparação dos candidatos".

O Inep diz ter receio de que haja textos que "agridam os direitos humanos e a própria democracia". "Surpreende que se pretenda permitir acesso às universidades públicas a quem possa desrespeitar os direitos humanos, como se não fosse esse um valor supremo a ser observado por todos", argumentou o órgão.

Diante do embate jurídico, o MEC recomendou aos candidatos que continuem seguindo as regras do edital, porque a nota da redação poderá ser revista caso a decisão seja derrubada.

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