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Em protesto esvaziado no DF, Vem Pra Rua critica eleição com lista fechada

Juliana Dias, coordenadora do movimento em Brasília, disse que a mobilização foi menor porque o foco da manifestação não era para 'tirar Dilma Rousseff'

Folhapress

Publicado em 26/03/2017 às 15:53

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Vem Pra Rua criticou a eleição com lista fechada / Agência Brasil

Em protesto que reuniu cerca de 500 pessoas, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, o movimento Vem Pra Rua criticou itens da reforma política em tramitação no Congresso Nacional. A manifestação ocorreu em frente ao Congresso Nacional na manhã deste domingo (26) e teve o enterro simbólico de 12 políticos, entre eles os ex-presidentes Collor, Lula e Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE) entre outros.

Imitações de lápides desses políticos foram colocados em frente ao prédio do Congresso. Houve também protestos contra a reforma da previdência e manifestações de apoio à Operação Lava Jato. O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e o presidente Michel Temer também foram alvo das manifestações.

"Acorda, hein, Temer. Quem tirou a Dilma também pode tirar você", repetia o locutor que comandava o carro de som dos manifestantes.

Juliana Dias, coordenadora do movimento em Brasília, disse que a mobilização foi menor porque o foco da manifestação não era para "tirar Dilma Rousseff". Segundo ela, o país está com a democracia em risco por causa da atitude dos políticos.

Três itens da reforma política em tramitação no Congresso, para ela, podem acabar com democracia e com a Operação Lava Jato: a anistia ao caixa 2, o aumento dos recursos para o fundo partidário e o voto em lista fechada.

Para ela, a lista tem como intuito manter corruptos identificados na Lava Jato no parlamento. A coordenadora do movimento afirmou que estão estudando novos protestos, entre eles manifestações em frente à residência dos parlamentares.

"A gente vai reagir de acordo com o que eles aprontam e eles estão sempre aprontando", disse Juliana Dias.

Ocorrências

A Polícia Militar informou que não registrou ocorrências até 11h30, quando o boletim registrava 500 manifestantes em frente ao Congresso. Até a publicação desta reportagem, não houve nova atualização da PM.

O baixo número de manifestantes decepcionou o casal de comerciantes Carlos e Fernanda Tavares. Moradores do Gama, um bairro cerca de 30 quilômetros distante da área central de Brasília, eles compraram cerca de R$ 1.000 em bebidas para vender durante os protestos.

"Tem três manifestantes para cada vendedor. Tá muito fraco", afirmou Carlos sem esperança de vender toda a compra.

De camisa amarela, como a maioria dos manifestantes, a ambulante diz que apoia os protestos mas diz que elas acabam não adiantando porque o "povo critica mas não vem pra rua". Para ela, desde a saída da ex-presidente Dilma, não houve mudança na situação do país e nem da família dela.

Antes o casal e os três filhos viviam apenas da renda dos dois como ambulantes. Agora, os dois estão em busca de emprego para complementar a renda do trabalho como autônomo, que caiu em mais de 40%, mas não conseguem trabalho.

"Antes de tirar a Dilma, tinha que ter tido eleição. Fez impeachment e ficou pior", disse Fernanda.

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