Capacidade do Cantareira precisaria ser ampliada em 12%, dos atuais 33 para 37 mil l/s / Divulgação/Sabesp
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Projeções feitas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em seu novo plano diretor de abastecimento apontam que a demanda por água na região metropolitana deve crescer 20% até 2045. A estimativa é de em 30 anos será necessário produzir 84 mil litros por segundo para atender cerca de 22,5 milhões de pessoas, ante os 70 mil l/s produzidos até o início da crise hídrica. Agora, a produção está em torno de 60 mil l/s.
Pelas cálculos feitos pelos técnicos da Sabesp, só a capacidade do Cantareira, o principal manancial que abastece a região, precisaria ser ampliada em 12%, dos atuais 33 para 37 mil l/s. Hoje, produz 22 mil l/s. Ou seja, serão necessárias mais obras além da conclusão do Sistema São Lourenço, que poderá produzir até 6,4 mil l/s e está previsto para outubro de 2017, para suprir a demanda por água.
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São essas ações que estão sendo planejadas agora pela Sabesp, com auxílio de um sofisticado software capaz de simular a reação e capacidade da rede de tubulações em diferentes cenários de distribuição. "O plano diretor oferece grandes diretrizes para o abastecimento de água na Grande São Paulo para 30 anos, projetando a população que teremos que atender em 2045 e a vazão necessária para atender a demanda. Ele apresenta um rol de intervenções que podem ser feitas, considerando a expansão das regiões, o consumo por economia e a redução das perdas", explica Dante Ragazzi Pauli, superintendente de planejamento integrado da Sabesp. O plano será concluído até o fim do ano e será revisado a cada cinco anos.
Por meio do modelo hidráulico, a Sabesp já pôde simular, por exemplo, como funcionará a operação do São Lourenço com a vazão autorizada hoje, de 4,7 mil litros por segundo, ou com o volume solicitado, de 6,4 mil l/s, que ainda aguarda aprovação. Com o índice maior, a empresa percebeu que será possível usar o manancial para atender também cerca de 500 mil pessoas em Osasco, economizando R$ 120 milhões com obras para reforçar a infraestrutura do Cantareira na região
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"Hoje, o nível de detalhamento do sistema é muito maior e reproduz melhor a realidade. Vamos ver como será o consumo da população pós-crise para fechar nossas projeções", disse Regina Ferraz, gerente de planejamento técnico da Sabesp.