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Doria manda apagar grafites dos Arcos do Jânio, no centro de São Paulo

O local, alvo histórico de pichações, recebeu os grafites em 2015, após autorização da gestão do então prefeito Fernando Haddad (PT)

Folhapress

Publicado em 14/01/2017 às 18:00

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João Doria (PSDB) afirmou que a prefeitura vai apagar os grafites na área conhecida como Arcos do Jânio / Divulgação

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na manhã deste sábado (14) que a prefeitura vai apagar os grafites na área conhecida como Arcos do Jânio, no centro da cidade.

O local, alvo histórico de pichações, recebeu os grafites em 2015, após autorização da gestão do então prefeito Fernando Haddad (PT).

Desde o dia 29 de novembro, o local passa por restauração. A previsão da prefeitura era de que a reforma iria custar R$ 650 mil e durar seis meses.

"Não haverá mais grafites naquela área", disse Doria, em evento na avenida 23 de Maio. Ele voltou a afirmar que a cidade terá uma área reservada para grafiteiros e muralistas.

Os Arcos do Jânio, erguidos no início do século passado, são considerados patrimônio histórico. O local atraiu atenções no final dos anos 1980, quando o então prefeito Jânio Quadros mandou demolir um cortiço que encobria a estrutura.

Em 2015, após os grafites terem sido pintados, o local foi pichado depois que o artista Rafael Hayashi fez um desenho que lembrava o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, morto em 2013.

Na época, o artista afirmou que não era o ex-presidente venezuelano. "A ideia era retratar um homem negro, que não tem expressão nem fala. Mas a imagem ficou distorcida", disse.
A obra virou polêmica nas redes sociais, na qual internautas diziam que o desenho tinha uma carga ideológica intencional.

Logo em seguida, o desenho amanheceu com borrões de tinta vermelha e as frases: "Hugo Chá. É o Chávez sim".

Na sequência, um grupo de grafiteiros desenhou uma venda vermelha nos olhos e uma mão tampando a boca. Rafael Hayashi afirmou que a intenção era dar uma resposta às más interpretações, censuras e ataques ao trabalho.

Já na avenida 23 de Maio, onde há uma grande quantidade de grafites, apenas oito áreas terão espaços para as obras. Nas demais, os desenhos serão apagados.

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