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Diesel segue 5,3% mais barato do que antes da paralisação

O preço médio vigente na semana de 19 de maio de 2018 era R$ 3,75 por litro

Folhapress

Publicado em 17/04/2019 às 11:55

Atualizado em 17/04/2019 às 14:03

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A insatisfação dos caminhoneiros colocou novamente em discussão a política de preços da Petrobras / Marcelo Camargo/Agência Brasil

O preço do óleo diesel nas bombas está hoje 5,3% menor do que na semana anterior à paralisação dos caminhoneiros, em maio de 2018, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

Segundo a agência, o litro do combustível foi vendido na semana passada a R$ 3,55, em média, no Brasil. Corrigido pela inflação, o preço médio vigente na semana de 19 de maio de 2018 era R$ 3,75 por litro.

No dia 21 daquele mês, os caminhoneiros iniciaram a paralisação que parou o país por duas semanas e culminou em um programa de subsídio ao preço do diesel que custou aos cofres públicos até o momento R$ 6,7 bilhões.

A insatisfação dos caminhoneiros colocou novamente em discussão a política de preços da Petrobras, que prevê o acompanhamento das cotações internacionais.

Nesta terça (16), executivos da estatal se reuniram com Bolsonaro e ministros para explicar como funciona a política de preços. Após o encontro, o governo reforçou que a decisão é da companhia. Por volta das 20h, porém, a estatal decidiu manter nesta quarta-feira (17) o preço que vigora há 26 dias.

De acordo com a ANP, o preço do diesel nas bombas acumula alta de 5% desde que a nova política foi adotada.

Já foi mais alto no primeiro semestre de 2018, mas recuou no fim do ano com a queda das cotações do petróleo e corte de impostos federais.

Relatório do Ministério de Minas e Energia mostra que, entre a última semana de setembro de 2016 e o fim de fevereiro a parcela do preço final referente ao diesel vendido pela Petrobras teve alta de 1,7%, desconsiderando a inflação.

Já as parcelas referentes ao biodiesel e a tributos federais tiveram alta maior: 25% e 10%, respectivamente. Em julho de 2017, o governo Michel Temer (MDB) praticamente dobrou a alíquota de PIS/Cofins sobre o combustível.

A margem dos postos de gasolina subiu 12,1% no período, também desconsiderando a inflação. Por outro lado, as fatias referentes ao ICMS e a margens de distribuição e transporte caíram 3,85% e 25,9%.

"Parece que há um problema de comunicação entre o que se discute no governo e o que se verifica na prática", disse Leonardo Gadotti, presidente da Plural, que representa as distribuidoras.

Em seminário sobre o tema na Folha de S.Paulo, ele argumentou que em 2019 o preço do diesel nas refinarias subiu 17% mas o repasse às bombas foi de 3,3%.

Sergio Araújo, presidente da Abicom (que representa os importadores) pondera, no entanto, que o preço praticado pela Petrobras permanece abaixo das cotações internacionais.

*Nicola Pamplona da Folhapress

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