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Defensoria e MP querem saber por que bairros nobres de SP têm mais imunizados

Bairros periféricos tiveram até 3 vezes mais mortes por Covid-19 do que o centro expandido, mas têm uma menor taxa de vacinação

Gazeta de S. Paulo

Publicado em 15/07/2021 às 22:10

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Bairros periféricos de São Paulo tiveram até três vezes mais mortes por Covid-19 / Divulgação/PMI

A Defensoria Pública do Estado de São Paulo, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público de São Paulo enviaram na terça-feira (13) um ofício para a prefeitura da capital paulista questionando o esquema de vacinação contra a Covid-19 adotado na cidade. Os órgãos querem saber como a administração municipal vai combater as desigualdade na cobertura vacinal.

De acordo com um estudo da Universidade de São Paulo (USP), bairros periféricos de São Paulo tiveram até três vezes mais mortes por Covid-19 a cada 10 mil habitantes do que os distritos do Centro expandido, mas têm uma menor taxa de vacinação contra o coronavírus.

A defensoria questionou se a prefeitura pretende adotar qualquer providência para priorizar bairros onde há mais mortes por Covid-19 e menos pessoas vacinadas. O prazo dado para receber as respostas foi de 10 dias.

Segundo o portal "G1", uma das questões é sobre a quantidade de postos de vacinação e a distribuição deles nos bairros considerados prioritários pelo Instituto Pólis, uma organização  que analisou a desigualdade na cobertura vacinal entre distritos da cidade de São Paulo.

A ONG levantou que o direcionamento da vacinação para pessoas de menos de 60 anos, portanto, deveria priorizar, paralelamente aos grupos etários e portadores de comorbidades, regiões como Jardim Ângela, Grajaú, Cidade Ademar (zona sul), Brasilândia, Cachoeirinha, Tremembé e Vila Medeiros (zona norte), Sapopemba, Itaquera, Vila Curuçá, São Miguel e Jardim Helena (zona leste), República, Pari e Santa Cecília (região central).

"É urgente corrigir essa trajetória e identificar as regiões com maiores risco de mortalidade para garantir um plano de imunização mais eficiente do ponto de vista epidemiológico", afirmam os pesquisadores da ONG.

 

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