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Com recorde de mortes em 24h, Brasil ultrapassa marca de 30 mil óbitos

Recorde anterior era de 1.188 novas mortes em 21 de maio, dia em que o Brasil passou a marca de 20 mil óbitos

Folhapress

Publicado em 02/06/2020 às 20:55

Atualizado em 02/06/2020 às 20:58

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Ao todo, são 31.199 mortes e 555.383 casos confirmados / DIVULGAÇÃO

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O Brasil confirmou 1.262 novas mortes por Covid-19 nesta terça (2), um recorde, e ultrapassou a marca tétrica de 30 mil óbitos desde o início da pandemia.

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O recorde anterior era de 1.188 novas mortes em 21 de maio, dia em que o Brasil passou a marca de 20 mil óbitos.

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Ao todo, são 31.199 mortes e 555.383 casos confirmados - 28.936 novos casos registrados nas últimas 24 horas. Os dados são do Ministério da Saúde.

Segundo afirmou nesta terça-feira o diretor de doenças infecciosas da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), Marcos Espinal, o crescimento constante de casos de coronavírus e mortes no Brasil é muito preocupante e é difícil dizer que essa alta vai ser contida nas próximas semanas se não forem tomadas medidas de distanciamento e ampliada a capacidade de testes no país.

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O governo Bolsonaro completou, nesta terça, 18 dias sem ministro da Saúde em meio à pandemia. O titular anterior da pasta, Nelson Teich, não completou um mês no cargo, depois de ter substituído Luiz Henrique Mandetta, demitido em 16 de abril.

A secretaria de Vigilância em Saúde do ministério, protagonista nos trabalhos relacionados a doenças infecciosas, também está sem titular. A vaga que era de Wanderson de Oliveira, que deixou a pasta, entrou nas negociações de cargos do governo com parlamentares do centrão.

Em entrevista no Palácio do Planalto nesta terça, o secretário-executivo substituto da pasta, coronel Élcio Franco, minimizou as lacunas. "Todas as funções do ministério têm nomeados eventuais substitutos, então isso não faz a máquina parar de funcionar, ela continua girando", disse. O general Eduardo Pazzuelo responde como ministro interino.

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O Ministério da Saúde também afirmou nesta terça que o governo federal já repassou a estados e municípios R$ 7,7 bilhões pra o enfrentamento da Covid-19.

A pasta afirma que, até agora, conseguiu comprar e entregar 2.651 respiradores para as secretarias de Saúde do país. Os equipamentos chegaram a 22 estados. O número de equipamentos atende ao planejamento anunciado pelo governo para o mês de maio, mas quase 40% dos desses ventiladores (1.039) chegaram aos estados somente entre sexta-feira (29.jun) e segunda-feira (1º).

Em abril, o o governo Bolsonaro anunciou a compra de 14.100 respiradores, com entregas previstas para ocorrer a partir de maio e se estender por 90 dias. Questionado sobre os planos de entrega, Franco não quis dar detalhes.

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"Temos dificuldades logísticas, não podemos gerar expectativa, mas estamos com todo esforço possível para aquisição de novos respiradores atendendo demandas de estados e municípios", disse ele.

Na apresentação dos dados à imprensa, a pasta fez questão de ressaltar que a compra desses equipamentos é de responsabilidade dos governos locais e que o Ministério da Saúde realiza um esforço de apoio.

Do total de equipamentos, 1.486 são respiradores de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 1.165 de transporte, usados em ambulâncias.

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Ainda sobre o apoio aos sistemas de saúde, a pasta informou que investiu R$ 1 bilhão para a habilitação de 7.441 leitos de UTI pelo país. Entre os dias 20 e 28 de maio foram habilitados 1.299 leitos (17% do total anunciado).

Franco disse que a pasta identifica o avanço da pandemia, que segue para cidades do interior, mas não defendeu restrições de circulação como forma de conter as infecções. Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem criticado as medidas de isolamento.

"Essa flexibilização ou não das medidas de distanciamento ocorre de acordo com a realidade local, com aspectos sociais, econômicos e culturais", disse Franco. "Cabe aos gestores estaduais e municipais a implementação dessas medidas."

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O governo Jair Bolsonaro também anunciou nesta terça a criação de uma plataforma digital para "dar match" entre profissionais de saúde e hospitais, clínicas e postos de atendimento.

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