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Com ar no estômago após cirurgia, Bolsonaro volta a se alimentar pelas veias

A volta à alimentação pelas veias aconteceu devido à dificuldade de retorno à movimentação intestinal

Folhapress

Publicado em 11/09/2019 às 17:01

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Jair Bolsonaro teve a dieta líquida cortada e voltou a se alimentar por meio endovenoso / Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro teve a dieta líquida cortada e voltou a se alimentar por meio endovenoso na noite desta terça-feira (10), dois dias depois de se submeter a uma cirurgia para correção de uma hérnia que surgiu na região do abdômen. A volta à alimentação pelas veias aconteceu devido à dificuldade de retorno à movimentação intestinal, principalmente por causa da alta quantidade de ar em seu estômago e intestino. Também na noite de terça, foi introduzida uma sonda que vai do nariz ao estômago de Bolsonaro, para que o ar seja expelido.

O quadro do presidente, segundo boletim médico assinado pelo cirurgião Antonio Macedo, é estável. Ele continua sem febre, dor ou disfunções orgânicas. Os exames laboratoriais são considerados bons.

O problema que levou ao corte da alimentação líquida, chamado "íleo paralítico" (quando o intestino para de funcionar normalmente, de modo temporário), não é incomum em pacientes que se submeteram a cirurgias de média e alta complexidade.

O próprio Bolsonaro teve o mesmo problema ao ser operado após levar uma facada, em setembro do ano passado, e quando retirou a bolsa de colostomia, em 28 de janeiro.

Por enquanto, não há previsão de mudança na data prevista de alta -provavelmente, no domingo (15)– ou para que ele retorne ao cargo de presidente, despachando de dentro do hospital -na sexta (13).

Bolsonaro tem se movimentado nos corredores do hospital para eliminar os gases, mas continua com visitas restritas. Ele está internado no Hospital Vila Nova Star, na região sul de São Paulo, onde passou pela quarta cirurgia desde que sofreu uma facada durante um ato de campanha em setembro de 2018.

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) está interinamente à frente do Planalto.

No hospital, a equipe médica adotou medidas de prevenção de trombose venosa profunda, com o uso de medicamentos anticoagulantes e meias compressoras.

No último domingo, os médicos corrigiram uma hérnia que surgiu na região do abdômen em decorrência das múltiplas incisões feitas no local nos últimos meses. A operação durou cinco horas e foi considerada bem-sucedida.

Logo após a cirurgia, Bolsonaro vestiu uma cinta elástica para pressionar o abdome operado e ajudar no processo de recuperação. Segundo a Presidência, Bolsonaro estará restabelecido a tempo de discursar na Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro, em Nova York.

O surgimento da chamada hérnia incisional já era esperado pelos médicos que atendem o presidente, em razão da série de intervenções feitas na região da barriga do paciente para tratar os danos provocados pelo ataque. O então presidenciável foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira em 6 de setembro de 2018. O autor do crime está preso desde então.

A hérnia ocorreu porque, em virtude do enfraquecimento da parede muscular do abdômen, uma parte do intestino passou por uma cavidade desse tecido. As sucessivas incisões (cortes) na barriga fragilizaram o músculo, o que fez com que a porção do órgão e uma camada de gordura rompessem a membrana, criando uma saliência sob a pele.

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