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Com apoio da oposição, manifestantes fazem carreatas por impeachment de Bolsonaro

Manifestantes pediram neste sábado (23) o impeachment do presidente em carreatas nas principais cidades do Estado e em capitais pelo país

Folhapress

Publicado em 23/01/2021 às 22:23

Atualizado em 23/01/2021 às 22:33

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O movimento apoia medidas de isolamento social e defende protocolos sanitários da Organização Mundial de Saúde / REPRODUÇÃO

Manifestantes pediram neste sábado (23) o impeachment do presidente Jair Bolsonaro em carreatas nas principais cidades do Estado e em capitais pelo país. O ato foi impulsionado por partidos de esquerda.

Com a presença de representantes da oposição ao governo, como PT e PC do B, a carreata em Brasília ocupou uma área superior a 10 quilômetros da capital federal, inclusive faixas da Esplanada dos Ministérios.

Também houve protesto em favor do impeachment de Bolsonaro na Baixada Santista (as principais em Santos e São Vicente), bem outras cidades pelo país, como Rio de Janeiro e Recife.

Os protestos contra o presidente tiveram uma espécie de racha entre a oposição ao governo: movimentos mais à direita, como o MBL e o Vem Pra Rua, não aderiram aos atos deste sábado e marcaram outras carreatas pelo afastamento de Bolsonaro para domingo (24).

As manifestações de sábado tinham sido divulgados por lideranças da esquerda, como Ciro Gomes (PDT), ao longo da semana. No Rio, os manifestantes também acompanharam de bicicleta e e em motos. Houve participação de líderes sindicais e cobranças por vacinas contra a Covid-19.

O movimento apoia medidas de isolamento social e defende protocolos sanitários da Organização Mundial de Saúde.

Em Belo Horizonte, a carreata teve concentração no entorno do Estádio Mineirão. Em Salvador, a carreta ocorreu pela manhã com ponto de saída do Vale da Canela. Os organizadores estimam a participação de 500 carros.
Em São Paulo a carreata foi da zona sul ao centro da cidade. O tempo não ajudou. Chovia e parava durante todo o dia e houve problemas com carros de som. Mas, com atraso, o comboio saiu. Por falta de coordenação, carros seguiram em várias direções. A organização conta os carros a centenas.

"Não foi só uma agitação. Aqui na carreata tinha grupos de partido, de esquerda, de fora da esquerda, uma variedade enorme de setores sociais pelo 'Fora Bolsonaro'. Vários movimentos diversos, o que mostra que o impeachment não é impossível, pelo contrário", diz Luana Alves, recém-eleita pelo PSOL para a Câmara Municipal.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), esteve à frente do protesto em Brasília.

Em discurso antes da carreata, ela negou que um processo de impeachment geraria instabilidade política no país. "A instabilidade já está acontecendo e a crise está grave."

Nesta sexta-feira (22), pesquisa do Datafolha mostrou que, em meio ao agravamento da crise de gestão da pandemia da Covid-19, o presidente é avaliado como ruim ou péssimo por 40% da população, ante 32% que assim o consideravam na rodada anterior da pesquisa, no começo de dezembro.
No entanto, para 53% dos entrevistados, a Câmara dos Deputados não deveria abrir um processo por crime de responsabilidade contra o presidente.

Apesar de defender o impeachment de Bolsonaro, o PT apoia o candidato do governo à presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM). O senador disse recentemente não haver ambiente adequado neste momento para abrir um processo de impeachment.

"Impeachment se abre pelo que está previsto na Constituição, e não pela vontade ou opinião do presidente", disse Gleisi. Ela pediu que a bancada do Senado cobre uma posição de Pacheco de compromisso com as regras previstas na Constituição em relação aos pedidos de processo de impeachment.

Na Câmara, o PT se aliou ao candidato Baleia Rossi (MDB-SP), mas caciques partidários afirmam que não há compromisso de Baleia para a abertura de um processo de impeachment. O acordo é que ele avalie esse instrumento de acordo com os atos de Bolsonaro e as regras previstas na Constituição.

Partidos da oposição planejam a partir desta segunda-feira (25) intensificar a pressão pelo retorno dos trabalhos do Congresso, que está em recesso. A ideia é que sejam instaladas comissões que desgastem a imagem do presidente e apure a atuação de Bolsonaro na pandemia, inclusive diante de problemas no cronograma de vacinação.

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