26 de Abril de 2024 • 12:46
Brasil
Presidente foi questionado por apoiadores após uma reportagem mostrar que mais de 6 milhões de testes de Covid-19 não foram usados e estão próximos de vencer
"Todo o material foi enviado para Estados e municípios. Se algum Estado/município não utilizou deve apresentar seus motivos", escreveu Bolsonaro / Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta segunda-feira (23) que quem deve explicações sobre os 6,86 milhões de testes de detecção da Covid-19 que estão “encalhados” são governadores e prefeitos, já que o material foi distribuído.
Uma reportagem do jornal “Estado de S. Paulo” revelou neste fim de semana que os testes comprados pelo Ministério da Saúde perdem a validade entre dezembro deste ano e janeiro de 2021.
"Todo o material foi enviado para Estados e municípios. Se algum Estado/município não utilizou deve apresentar seus motivos (sic.)", escreveu Bolsonaro a um apoiador que o questionou se a informação era verdade.
Contudo, a reportagem do “Estadão” indica que o material não foi enviado e que estão em um depósito do governo em Guarulhos, na Grande São Paulo. Os dados sobre o prazo de validade dos testes em estoque estão registrados em documentos internos do Ministério da Saúde.
Por sua vez, o vice-presidente Hamilton Mourão destacou que não está ciente sobre o assunto e que cabe ao ministério apresentar esclarecimentos.
"Tem que buscar o esclarecimento lá com o Ministério da Saúde. Não estou ciente disso. Não é um assunto que passa por mim, não tenho o que declarar a respeito. Tem que ver lá com eles lá", disse o vice durante conversa com jornalistas no Palácio do Planalto.
Entrega de kits
Antes da posição de Bolsonaro, conselhos de secretários municipais (Conasems) e estaduais de Saúde (Conass) confirmaram que o ministério não entregou todos os kits de testes e máquinas para automatizar a análise das amostras que havia prometido. “O contrato que permitia o fornecimento de insumos e equipamentos necessários para automatizar e agilizar a primeira fase do processamento das amostras foi cancelado pelo Ministério da Saúde”, informou o Conass. “Há o compromisso da Pasta de manter o abastecimento durante o período de 3 meses, contados a partir do cancelamento. É fundamental, porém, que uma nova contratação seja feita e a distribuição dos insumos seja retomada em tempo hábil”, finalizou.
7 milhões de testes
Cerca de 7,1 milhões de exames estão guardados em um armazém do ministério. Desse número, 96% (6,86 milhões) perdem a validade entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, segundo o “Estadão”.
O estoque que pode ser dispensado é maior do que os 5 milhões de testes PCR (considerado "padrão ouro" para detectar o vírus) já realizados pelo SUS na pandemia. Segundo o Ministério da Saúde, a pasta já pediu estudos de estabilidade ao fabricante do teste para solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a prorrogação da validade do produto.
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