23 de Abril de 2024 • 23:00
Professor diz que esse aumento de emissão de poluentes no ar pode estar ligado à maior flexibilização do comércio na Capital / Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
Uma análise realizada por um especialista em geociências para comparar a qualidade do ar na cidade de São Paulo durante a pandemia do novo coronavírus mostrou que a Capital voltou a apresentar poluição atmosférica após 70 dias sem registrar emissão de poluentes no ar.
O professor Fabrício Bau Dalmas, doutor em geociências e professor no mestrado em Análise Geoambiental da Universidade UNG, usou como base da análise a estação meteorológica do bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, a partir de informações do site da Cetesb. Há 17 estações meteorológicas na região metropolitana da Capital. De acordo com a análise, em todas as segundas-feiras entre 23 de março e 1º de junho não houve qualquer emissão de material particulado no céu da região.
“Esse período condiz com as semanas em que a população da capital paulista manteve os maiores índices de isolamento social”, afirma o professor, em entrevista à Gazeta.
Já em 9 de junho, segundo Dalmas, houve uma média diária de 26,5 microgramas de material particulado por metro cúbico de ar, o que é considerado uma disparada na poluição atmosférica, semelhante a níveis vistos em fevereiro deste ano, antes do início da pandemia.
O doutor em geociências diz que esse aumento de emissão de poluentes no ar pode estar ligado à maior flexibilização do comércio na Capital. O prefeito Bruno Covas (PSDB) autorizou a volta do comércio de rua em 10 de junho, mas desde o anúncio do plano de retomada econômica do governador João Doria (PSDB), em 27 de maio, houve um relaxamento da quarentena em diversas regiões do Estado.
“É possível ter relação com o pessoal ter começado a sair mais de casa, os comércios aos poucos abrindo de novo. Isso dá para ser vista pela própria qualidade do ar em Pinheiros”, finaliza Dalmas. (Bruno Hoffmann)
Santos
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