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Ação em São Paulo oferece atendimento médico, estético e social a refugiados

O evento, realizado neste sábado (16), foi chamado de 'E eu, onde fico? – Ação Social do Islam'

Agência Brasil

Publicado em 16/12/2017 às 22:52

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Refugiados sírios recebem atendimento médico em São Paulo / Agência Brasil

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Corte de cabelo, limpeza de pele, massagem, exame de vista, medição de colesterol, orientação odontológica e pipoca de graça... Quem passou na tarde de hoje (16) pelo Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista, pôde receber qualquer um desses serviços.

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É o 5º Festival de Direitos Humanos, no qual a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), em parceria com a Coordenação de Políticas para Migrantes da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, ofereceram 17 modalidades de serviços a quem passasse pelo local. A ação era voltada principalmente a imigrantes e refugiados que vivem na capital.

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O evento foi chamado de “E eu, onde fico? – Ação Social do Islam” e, além dos serviços médicos e estéticos, também ofereceu atendimento jurídico e inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Essa ação faz parte do 5º festival de Direitos Humanos e Cidadania e tem o objetivo de prestar serviços importantes para a população, com foco maior em imigrantes e refugiados, mas não restrita a eles. O foco nos imigrantes e refugiados se dá principalmente porque a próxima segunda-feira (18) é o Dia Internacional do Imigrante. Fizemos um esforço para que essas pessoas pudessem vir até aqui, oferecendo transporte de ônibus. Além de serviços de saúde e de lazer para as crianças, oferecemos também serviços específicos que sabemos que são essenciais para a população imigrante”, falou Andrea Zamur, coordenadora de Políticas para Migrantes da secretaria de Direitos Humanos.

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Um dos que aproveitou a ação para fazer massagem e uma limpeza de pele foi o modelo angolano Jeremias Junior, que está de férias no Brasil e pretende ficar até o carnaval. “Fui convidado [a vir no Anhangabaú] por uma amiga, que disse que teriam atividades legais para fazer aqui”, comentou. “Acho legal uma religião promover uma atividade dessa e todo mundo poder participar. Acho que é uma boa integração. Aqui os imigrantes e refugiados se encontram e se tornam um só, há forte união”, destacou.

A estudante Maria Carolina Chandelier, 18 anos, também esteve no Anhangabaú hoje e decidiu fazer um tratamento estético. Ela, que aderiu à religião mulçumana após estudar sobre o Islã na escola, disse que ainda pretende participar de outras ações no local, como pintura no rosto e medição de diabetes e de hipertensão.

“Este ano é a quinta ação que estamos concretizando. Diferentemente das outras ações, esst tem foco nos refugiados e imigrantes. A ação solidária islâmica tem como viés fazer o bem a cada idade e amparar as pessoas menos favorecidas, além da responsabilidade social. A ideia é que essa ação tenha a característica de incluir e trazer pessoas que estão com problemas diversos, na área jurídica ou de saúde, para que tenham uma vida mais digna”, disse Ali Hussein El Zoghbi, vice-presidente da Fambras.

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Refugiados e imigrantes

Andrea afirmou que não há dados específicos ou oficiais sobre o número de refugiados na cidade de São Paulo. Já o número de imigrantes é superior a 400 mil, disse ela. “Quem disponibiliza esses dados é o Conare [Comitê Nacional para os Refugiados] e eles não fazem isso municipalizado. Temos os dados da Polícia Federal para o município de São Paulo, em torno de 400 mil imigrantes. Mas esses dados não refletem exatamente o número da população porque eles apenas contemplam os imigrantes que estão em situação migratória regular. Achamos então que o número é muito maior”, acrescentou.

Segundo o vice-presidente da Fambras, o número de refugiados mulçumanos no país soma 3.276 pessoas cadastradas legalmente, principalmente vindos da Síria. “São pessoas que hoje vivem adaptadas, na medida em que a maior parte das comunidades islâmicas buscou dar todo o amparo necessário. É claro que tem casos pontuais, que buscamos resolver, de pessoas que sequer tem documentos. Uma ação como essa de hoje dá todo o suporte para que possamos enxergar essa pessoa e cadastrá-la adequadamente”, observou.

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