Quem for à aldeia pode comprar artesanato e outras peças / Divulgação
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A Aldeia Rio Silveira, de povo indígena Guarani, localizada em Boracéia, em Bertioga, divisa com São Sebastião, que em fevereiro último foi bastante castigada pelo grande volume das chuvas que atingiu também Ubatuba, chamando a atenção de todo o País, tenta se reerguer aos poucos da tragédia e está aberta à visitação monitorada.
Os visitantes participam, além de uma atividade cultural completamente diferente, têm a oportunidade de ajudar a comunidade indígena de famílias nativas de etnia Guarani- Mbya e Nhandeva, que perdeu muito na última enchente.
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O roteiro começa por intermédio de um guia indígena. Os visitantes conhecem a biodiversidade da reserva, a cultura e alimentação típica. A comunidade vive dentro das suas ocas ou casas, feitas com madeira de "palmeira-pati" e algumas de alvenaria.
Os visitantes percorrem uma trilha de dois quilômetros e conhece um dos rios da bacia do Rio Silveira, um dos locais de natureza mais preservados de São Sebastião, que íntegra a exuberante Mata Atlântica.
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Um dos biólogos que acompanha os visitantes oferece um conteúdo riquíssimo em histórias e curiosidades acerca da reserva indígena e seus habitantes.
O local está inserido em um trecho preservado da Mata Atlântica, com formações vegetais riquíssimas, classificadas como Floresta de Restinga e Floresta Ombrófila Densa.
Na volta, é possível experimentar a alimentação indígena, depois ocorre uma apresentação cultural, com música e dança feito pelas crianças e jovens.
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Em seguida, são realizadas pinturas de grafismos e é possível conhecer um pouco sobre a história desse povo. No final do passeio, você pode comprar palmito e artesanato indígena.
Para marcar visita, é preciso agendar com o cacique Adolfo pelo (11) 94231-7570. A taxa de inscrição para o passeio e a alimentação é R$200,00 por pessoa. Artesanatos também podem ser comprados de forma online, no Instagram, na @mari.paramirim, fazer um pix para a artesã e receber a encomenda pelos correios.
ENCHENTE.
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A Aldeia possui cerca de 800 moradores, entre eles 350 crianças e 15 idosos. Depois da enchente, eles receberam uma grande quantidade de alimentos, roupas, material de higiene pessoal, produtos de limpeza e outros.
Uma boa parte da ajuda veio da ação do programa #TamoJunto da Gerando Falcões, da GirlUp Caiçara e ONG Nós por Nós, que conseguiu auxílio financeiro para atender a comunidade indígena. Mais de 150 voluntários fazem parte dos grupos.
A Aldeia Guarani Rio Silveira está situada no quilômetro 183 da Rodovia Manoel Hipolyto Rego, na divisa entre Bertioga e São Sebastião, em Boraceia, bairro da região sul de Bertioga.
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Em fevereiro, por estar situada no pé da Serra do Mar, praticamente no lado praia de Boracéia, a água chegou com muita força, com muita lama, impossibilitando até acesso a fontes de água potável. A roça foi destruída, causando muitas privações.
DEMARCAÇÃO.
Conforme já publicado, em 1987, a aldeia foi demarcada por decreto. Atualmente existe um processo de expansão de suas terras, à pedido da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), dos atuais 944 hectares para 8,5 mil, que permanece paralisado desde 2010.
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Em 2005, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) construiu as casas de alvenaria, porém o abastecimento de água fica restrito ás casas próximas da estrada.
Em 2013, uma parceria firmada por FUNAI, CDHU e Prefeitura de Bertioga chegou a prever um investimento total de nove milhões de reais na construção de moradias com água encanada, luz elétrica e rede de esgoto na aldeia.