Caio da Marimex / Divulgação
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O Porto de Santos vive hoje um momento de expectativa otimista. Projetos como o túnel Santos–Guarujá, o megaterminal Tecon, melhorias de acesso e a ampliação da poligonal portuária apontam para um ciclo de investimentos que pode reposicionar o porto como protagonista global.
Mas essa promessa só se concretiza com um ponto central: infraestrutura robusta que funcione de ponta a ponta.
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Costumamos ouvir que “o porto está crescendo”. E isso é verdade. Os números mostram que a movimentação aumenta ano após ano.
Por conta disso, o Porto foi um dos temas centrais do recente evento que participamos em São Paulo: o Enip (Encontro Indústria Porto). Um dos painéis fez um excelente questionamento: “Como transformar o maior porto da América Latina em um polo logístico inteligente, sustentável e integrado às cadeias de produção globais?”
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Gostaríamos que essa solução já fosse de conhecimento de todos. Porém, a realidade revela que crescemos “no limite”. Os gargalos logísticos ainda são muitos e prejudicam uma cadeia inteira.
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O setor cresce muito e esse crescimento determina necessidades de ampliação urgente. A distância entre o que se anuncia e o que se entrega ainda é grande. Há muitas promessas, e poucas se converteram em obras concluídas e funcionais - em realizações de impacto para o porto e para a cidade.
Nesse contexto portuário, cada agente precisa ter voz e entender o seu papel no fluxo de cargas. O Porto de Santos é feito de operadores, armadores, transportadores, recintos alfandegados, retroportos, caminhoneiros, agentes marítimos, mão de obra especializada, gestores públicos e privados.
Quando uma parte não participa da tomada de decisão, o sistema perde eficiência. Infraestrutura não se organiza apenas com engenharia, mas com governança.
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Coordenação é a palavra-chave. Um porto eficiente é aquele onde cada área cumpre uma função integrada ao fluxo. Se ampliarmos sem disciplinar, vamos criar novos gargalos. E sabemos que esse é o pior dos caminhos.