CORAÇÃO EM XEQUE
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 45% dos adultos brasileiros entre 30 e 79 anos são hipertensos
Embora as doenças cardíacas possam afetar homens e mulheres, os impactos são diferentes / Divulgação
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No Brasil, falar sobre saúde cardíaca é urgente. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no país, respondendo por aproximadamente 400 mil óbitos anuais, o que equivale a uma morte a cada 90 segundos. No cenário internacional, a Federação Mundial do Coração (World Heart Federation) estima que mais de 20,5 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência dessas enfermidades.
Entre os fatores de risco, a hipertensão ocupa lugar de destaque. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 45% dos adultos brasileiros entre 30 e 79 anos são hipertensos, o que representa cerca de 50,7 milhões de pessoas. A média global é de 33%. Entre os brasileiros hipertensos, 62% já têm diagnóstico, mas apenas 33% conseguem manter a pressão controlada, elevando os riscos de complicações.
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A pressão alta não é o único desafio. Hábitos como tabagismo, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e estresse contribuem para quadros graves, como infarto e insuficiência cardíaca. A SBC alerta que cerca de 2 milhões de brasileiros convivem com insuficiência cardíaca, com aproximadamente 240 mil novos casos registrados a cada ano.
A prevenção começa cedo. Para os recém-nascidos, o principal exame recomendado é o teste do coraçãozinho, feito entre 24 e 48 horas após o nascimento. Segundo o Ministério da Saúde, ele tem como objetivo detectar precocemente cardiopatias congênitas críticas, malformações presentes desde o nascimento. Trata-se de um procedimento simples, indolor e não invasivo, realizado com um sensor que mede os níveis de oxigênio no sangue. Caso seja identificada alguma alteração, o bebê pode ser encaminhado para exames complementares, como o ecocardiograma.
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Embora as doenças cardíacas possam afetar homens e mulheres, os impactos são diferentes. Conforme dados da World Heart Federation, os homens tendem a manifestar problemas cardíacos mais cedo, a partir dos 45 anos, especialmente o infarto do miocárdio. Os sintomas mais comuns incluem dor no peito, falta de ar e suor excessivo.
Nas mulheres, os riscos aumentam após os 55 anos, com a chegada da menopausa e a queda da proteção hormonal. Os sintomas, no entanto, costumam ser mais sutis: cansaço extremo, náuseas e dores nas costas ou mandíbula. A OMS ressalta que essa diferença de sinais faz com que muitas mulheres demorem a procurar ajuda médica, o que pode agravar o quadro.
Entre as medidas de prevenção, o acompanhamento da pressão arterial é uma das mais eficazes. A OMS alerta que a hipertensão pode permanecer assintomática por anos, o que reforça a importância de aferições regulares.
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Segundo Pedro Henrique Abreu, gerente de Marketing e Produtos da G-Tech, os avanços tecnológicos facilitaram o acesso ao monitoramento em casa. “Hoje é possível medir a pressão com aparelhos automáticos de fácil manuseio, o que permite um acompanhamento mais frequente e ajuda na detecção precoce de alterações”, afirma.
Ele destaca, porém, que a eficácia depende do uso correto. “É fundamental escolher equipamentos devidamente certificados e calibrados, além de seguir as orientações do fabricante para garantir uma medição precisa”, completa.
No mercado, existem diferentes modelos de monitores que se adaptam a perfis variados de usuários: alguns oferecem conectividade com aplicativos para registro de dados, outros contam com recursos de detecção de arritmias e também há opções voltadas ao uso doméstico cotidiano, priorizando praticidade e confiabilidade.
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O avanço da medicina e da tecnologia oferece ferramentas cada vez mais acessíveis para reduzir os números alarmantes das doenças cardiovasculares. No entanto, especialistas reforçam que nenhum recurso substitui a adoção de hábitos saudáveis e o acompanhamento médico regular. Em um país onde o coração ainda é a principal causa de morte, a informação e a prevenção se tornam estratégias indispensáveis para salvar vidas.