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Política

Squassoni nega posição em favor do presidente Temer

Carlos Ratton

Publicado em 04/07/2017 às 10:00

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O deputado federal Marcelo Squassoni (PRB) disse ontem ao Diário que ainda não tem uma posição definida sobre ação penal contra o presidente Michel Temer (PMDB), apresentada pela Procuradoria-Geral da República.

“Eu preciso ler e entender o processo para depois me posicionar”, disse por telefone, às 17h45 de ontem, acrescentando que é a favor do direito à ampla defesa de todo e qualquer ente que seja alvo acusação ou denúncia.

A polêmica em torno da questão foi por conta de uma reportagem veiculada no último domingo pela Folha de São Paulo, baseada numa enquete que apontou que Squassoni e seu companheiro de partido, o deputado Beto Mansur, haviam se posicionado contra a abertura da ação contra o presidente. A Folha ouviu os 513 deputados federais. O terceiro deputado da região, João Paulo Tavares Papa (PSDB), segundo jornal, não respondeu a pesquisa.

Ontem, após inúmeras manifestações via redes sociais, o Diário procurou consultar os deputados para saber porque tamanha lealdade ao presidente numa fase em que a população exige que todos os políticos acusados sejam submetidos à Justiça, inclusive o chefe da Nação.

Como sempre, o deputado Beto Mansur não se manifestou ao Diário do Litoral sobre sua posição. O deputado João Paulo Papa também nada respondeu até o fechamento da edição.     

Depende da Câmara dos Deputados definir se o caso será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo julgamento ou arquivamento da ação. Temer é acusado de corrupção passiva no caso JBS por ser ‘destinatário real de mala de R$ 500 mil de propina da empresa’.

Cabe à Câmara dar aval, ou não, à abertura da ação penal. São necessários os votos de 342 deputados (dois terços) para que a denúncia vá ao STF.

Pela enquete, Mansur está entre os 45 deputados (13% da base de sustentação do Governo) que estão a favor de Temer. Nem o partido do presidente, o PMDB, conta com apoio integral declarado. Ao todo, 130 apoiam a investigação, 112 afirmam não saber como votarão, 57 não se posicionaram e 168 ignoraram contatos da Folha. Vários disseram que vão aguardar a posição do partido.          

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não votará na deliberação sobre a continuidade das investigações contra o presidente.

O entendimento de Maia é o contrário do de seu antecessor, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Adversário da então presidente Dilma Rousseff, Cunha conseguiu interpretação que permitiu que votasse a favor do impeachment em 2016.

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