23 de Abril de 2024 • 18:05
A votação da reforma trabalhista, prevista para a próxima quarta-feira, dia 28, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, pode transformar a greve geral, prevista para a próxima sexta-feira, dia 30, em manifestações pontuais na Baixada Santista e também em vários estados do País.
É que, as centrais sindicais vão manter mobilização no Congresso Nacional e pretendem enviar um número expressivo de trabalhadores para pressionarem os senadores a rejeitarem a reforma, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
“Nós temos que analisar melhor se fazemos a greve, mobilizando os trabalhadores, ou se vamos apenas realizar atos de protestos e manifestações pontuais na Baixada Santista”, disse ontem ao Diário do Litoral o sindicalista Herbert Passos Filho, presidente do Sindicato dos Químicos e vice-presidente da Força Sindical.
Ele explica que a votação na quarta-feira, no Senado Federal, pode varar a madrugada, farto que inviabiliza uma mobilização maior para a greve na sexta-feira. “Temos que manter pressão no Senado pedindo a rejeição do projeto que é totalmente nocivo aos trabalhadores”, justificou o sindicalista.
E conclui: “entretanto, isso será decidido pelas centrais sindicais, em reunião, às 10 horas de segunda-feira, no Sindicato dos Bancários, pois se for para se fazer uma greve, tem que ser forte como a que ocorreu em 28 de abril e por isso mesmo precisamos analisar melhor a questão”.
NCST
Mesma opinião tem o sindicalista Paulo Pimentel, PP, mais antigo sindicalista da região, presidente do Sintrasaúde e diretor-coordenador da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) na Baixada Santista.
“Se for para se fazer uma greve tem que haver união e mobilização para isso, pois pior que não se fazer a greve é fazer uma paralisação inócua, por isso vamos debater essa questão”, diz PP.
Ele informa que vai estar em Brasília, na quarta-feira, para engrossar o movimento sindical na pressão aos senadores.
“Vamos fazer essa mobilização nos corredores do Congresso Nacional, para enterrar de vez essa reforma trabalhista que de uma só vez acaba com os direitos de trabalhadores, queima e reduz a cinzas a CLT e acaba com a Justiça do Trabalho. Não podemos nos acomodar pois enquanto existe possibilidade temos que lutar e o nosso deadline está por um fio”, concluiu o sindicalista.
Cotidiano
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