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Cotidiano

Servidores de Praia Grande decidem deflagrar greve

Carlos Ratton

Publicado em 27/05/2017 às 08:00

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Os trabalhadores de Praia Grande aprovaram na noite da última quinta-feira (25), na sede da Colônia de Férias do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, uma paralisação por tempo indeterminado a partir da próxima quarta-feira (31).

A categoria tem 11 mil funcionários em sua base e os trabalhadores reivindicam 19 avanços, entre eles 15% de reajuste salarial, aumento de 29,2% para o cartão alimentação, passando de R$ 240,00 para R$ 300,00, vale-transporte intermunicipal, além de planos de saúde e de ­carreira.

A informação é do Blog Santos em Off e confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Praia Grande.  
Conforme o sindicato, a decisão veio após o Poder Executivo interromper as negociações e enviar projeto de lei à Câmara com reajuste de 6% sem comunicar o ­sindicato.

A assembleia foi conduzida pelo presidente do Givanildo Berto da Silva, o Gil e os advogados Jamir Menali e Rafael Ceroni.

“A greve é um choque entre o empregador e o empregado. Na verdade, as duas partes devem estar prontas para que, através do diálogo, possam resolver todos os problemas, não só os relacionados à questão salarial”, afirmou Jamir Menali, assessor Jurídico do Sindicato e Chefe do Departamento Jurídico das Federação dos Servidores Municipais do Estado de São Paulo e da Confederação Nacional dos Servidores ­Municipais.

Contrários

Membros da comissão eleita em assembleia para participar da negociação ao lado do sindicato se posicionaram contrários ao início do movimento paredista em razão do pequeno número de participantes. Mesmo assim, foram vencidos nos debates e a greve foi aprovada pela unanimidade dos ­presentes.

O presidente Gil avaliou como positiva a decisão da categoria. “Esse ano não houve interferência de candidatos e conseguimos cumprir cada etapa do processo sem ninguém atrapalhar. Há vários pontos em que podemos avançar, nossa pauta tem 19 itens e todos são importantes. Temos o apoio da nossa central, a Força Sindical, da Federação e da Confederação. A estrutura está garantida”, finalizou.  

Projeto

Executivo de Praia Grande enviou projeto de lei de reajuste salarial à Câmara para votação em caráter de urgência. Com 17 votos favoráveis e apenas dois contrários, o Legislativo aprovou o índice de 6% de aumento.

Procurado ontem, informou que duas propostas foram feitas ao Sindicato dos Trabalhadores Municipais da Estância Balneária de Praia Grande e membros da comissão de servidores municipais em reunião com o prefeito Alberto Mourão (PSDB), no último dia 12.  

Na ocasião, foram apresentadas as situações financeira e orçamentária da Administração, deixando claro que mesmo com planejamento, sem possuir dívida flutuante e tão pouco uma dívida consolidada grande, a Cidade vem sofrendo as mesmas dificuldades enfrentadas nos municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista, como queda brusca de arrecadação e aumento da despesa.

A Administração explica que para conceder a reposição da perda ­salarial em relação à inflação acumulada no período (4,08% maio 2016 à abril 2017) e mais ainda em propor um ganho real de 1,92%, será ­realizado um grande esforço­.

Ainda revela que os cálculos realizados para a concessão do reajuste de 6% demonstram um aumento da folha de pagamento de aproximadamente R$ 20 milhões somente neste ano e que o aumento de 12,5% no vale alimentação corresponde ao triplo da inflação acumulada.

A Administração diz que respeita o legítimo direito aos entendimentos contrários, reuniões, reivindicações e até a greve, mas desde que se pressuponha que não esteja sendo atendido o mínimo necessário, o que não é o caso de Praia Grande, que em nenhum momento descumpriu com suas obrigações.

Conforme relata, não deixou de pagar ou até mesmo atrasou o pagamento de salário, 13º, férias dos servidores, e realiza o pagamento de fornecedores pontualmente, mantendo também os serviços públicos em funcionamento atendendo aos anseios da sociedade.

“Por isso, acredita-se que a greve seria um desrespeito ao cidadão, que é o maior patrão da Administração e que realmente necessita dos serviços ofertados no município como nas áreas de saúde, educação, promoção social, entre outras”, afirma em nota.

Carta

A Prefeitura ressalta que já protocolou junto ao Sindicato carta esclarecendo as questões técnica, jurídica e social e o atendimento a artigo 11, da lei nº 7.783/89, para se manter o atendimento das atividades essenciais  e o número efetivo de 80% dos servidores, de cada uma dessas unidades de educação, saúde e sociais.

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