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Protestos têm menor adesão, mas causam transtornos na Baixada Santista

Francisco Aloise

Publicado em 30/06/2017 às 21:15

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Com menor adesão do que a greve geral do último dia 28 de abril, representantes das centrais sindicais protestaram no início da manhã de ontem (30) contra as reformas trabalhista e previdenciária e o governo do presidente Michel Temer (PMDB). Em São Vicente, os manifestantes bloquearam a Avenida Ayrton Senna da Silva, no Itararé. Em Santos, o protesto fechou a Avenida Martins Fontes, no Saboó. Houve transtornos no trânsito e a Polícia Militar foi acionada.

“A ideia é de uma luta constante contra as reformas. Vivemos um momento muito difícil no país, com muito desemprego, e não há como fazer reforma que vai precarizar ainda mais a mão de obra. Não concordamos com o que o governo quer para o nosso futuro. Queremos dialogar com os trabalhadores. Na Baixada estamos em uma luta unificada”, afirmou Carlos Alberto de Oliveira Cardoso, presidente do Sindicato dos Urbanitários de Santos e Região e coordenador do grupo de trabalho do Conselho Sindical Regional da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira.

Em São Vicente, cerca de 50 manifestantes se concentraram próximo ao teleférico, no Itararé. O bloqueio da avenida sentido Santos teve início pouco antes das 6 horas. Logo uma grande fila de veículos foi formada. Alguns motoristas utilizaram a Linha Amarela como alternativa. Muitos motociclistas empurraram as motos pela ciclovia e calçadão. Diversos trabalhadores desceram dos coletivos e decidiram seguir a pé rumo a Santos.

“Não tem como ir para lá de ônibus. Vou ter que voltar para casa. Concordo com a manifestação. Não dá para deixar as coisas como estão”, disse a auxiliar de limpeza Maria Aparecida, moradora do Samaritá, na Área Continental de São Vicente, que seguiria para a Ponta da Praia, em Santos.

O faxineiro Bertonilso de Souza França, que seguia de bicicleta para o serviço parou para ver a manifestação. “Sou a favor da manifestação. Está tudo bagunçado. O trabalhador trabalha a vida toda e não vai se aposentar. Estou indo trabalhar porque senão for colocam outro no meu lugar. Mas apoio quem está fazendo o protesto”.

Muitas pessoas foram contrárias ao bloqueio da avenida. “Quer fazer manifestação que faça na porta do prefeito, na rua não. Acordar cedo para trabalhar não é feio”, disse um motorista, que atua na construção civil e aguardava a liberação da via.

Assim que a via foi bloqueada, a Polícia Militar (PM) chegou ao local. Haviam mais policiais do que manifestantes. O comando da corporação negociou com os sindicalistas a abertura de uma faixa da via. Logo depois outras duas faixas foram liberadas até que o protesto chegasse ao fim por volta das 7h30.

“É uma mobilização que leva consciência aos trabalhadores. É um luta contra as reformas e contra o governo”, Marcelo Arias, diretor de Comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Vicente (SindservSV).

VLT. O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi uma opção para os trabalhadores. O transporte ficou mais cheio do que o comum. Houve registro de pequeno atraso no início da manhã. Um funcionário da BR Mobilidade, consórcio que administra o transporte metropolitano, monitorava na Avenida Ayrton Senna, próximo a Linha Amarela, o andamento dos coletivos. Não houve registro de grandes transtornos.

Santos. Em Santos, os manifestantes bloquearam a Avenida Martins Fontes, no Saboó, pouco antes das 6 horas. Por volta das 7 horas as pistas foram liberadas. Os sindicalistas seguiram em direção à Praça Mauá, no Centro, onde foi realizado ato.

O protesto afetou o trânsito na Via Anchieta, na chegada a Santos, e causou congestionamento na Avenida Nossa Senhora de Fátima. Os motoristas tiveram como alternativa o Morro da Nova Cintra, que registrou fila de veículos.

No Porto de Santos não houve bloqueio da Avenida Perimetral, como registrado no último dia 28, quando houve confronto com a Polícia Militar. Estivadores e sindicalistas se reuniram em frente a um terminal portuário.

Cubatão. Em Cubatão, o protesto teve início por volta das 6 horas. Os manifestantes e representantes do Sindicato dos Petroleiros se reuniram em frente a Refinaria Presidente Bernardes e da nova sede administrativa da empresa, que fica na Avenida Nove de Abril. 

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