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Sindical e Previdência

Varejo no Litoral fecha 891 postos de trabalho em fevereiro, aponta FecomercioSP

Estoque de empregados na região atingiu 83.237, recuo de 2,7% na comparação com o mesmo mês de 2015

Da Reportagem

Publicado em 02/05/2016 às 19:00

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Em fevereiro, o varejo do Litoral fechou 891 postos de trabalho / Arquivo/DL

Em fevereiro, o varejo do Litoral fechou 891 postos de trabalho, resultado de 2.323 admissões contra 3.214 desligamentos. Em 12 meses, foram eliminados 2.322 empregos com carteira assinada, o que levou a um recuo de 2,7% do estoque total, que atingiu 83.237 trabalhadores formais no mês.

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Das nove atividades analisadas, apenas o setor de farmácias e perfumarias registrou crescimento no total de empregos formais em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2015 (0,3%). Os setores que apresentaram recuos mais significativos foram os de concessionárias de veículos (-15,2%); de lojas de móveis e decoração (-7,2%); e de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento (-6,1%).

Desempenho estadual

Em fevereiro, o comércio varejista no Estado de São Paulo eliminou 13.365 empregos com carteira assinada, resultado de 68.581 admissões e 81.946 desligamentos. Com isso, o estoque de trabalhadores do varejo paulista atingiu 2.096.588 no mês, o patamar mais baixo desde julho de 2012, quando estava em 2.082.953. Trata-se do pior desempenho para o mês de fevereiro desde 2007.

No saldo acumulado de março de 2015 a fevereiro deste ano, foram eliminados 60.527 postos de trabalho no comércio varejista paulista. Nessa base de comparação, desde 2007, é a primeira vez que se registra um saldo negativo. Entre março de 2014 e fevereiro de 2015, por exemplo, apesar do fraco desempenho das vendas, foram geradas 3.223 vagas. Nos dois primeiros meses deste ano, a diminuição do saldo já chega a 33.441 vagas.

Das nove atividades pesquisadas, sete apresentaram queda no estoque de empregos na comparação entre fevereiro deste ano e o mesmo mês de 2015. Os destaques negativos foram registrados naquelas de concessionárias de veículos (-8,8%) e de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento (-7,1%). Apenas os segmentos de farmácia e perfumarias (2,6%) e supermercados (0,8%) apresentaram elevação nos estoques de funcionários.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o ritmo acelerado de fechamento de postos de trabalho observado nos dois primeiros meses de 2016 é impressionante, já que no ano passado mais de 60 mil empregos formais foram eliminados do varejo paulista. O nível de emprego está diretamente relacionado ao desempenho de vendas dos estabelecimentos comerciais e, neste ano, com inflação e juros altos, além de desemprego avançando, a Entidade aponta não haver perspectiva para recuperação do consumo, das vendas e, consequentemente, do emprego no varejo.

Em relação aos dados por ocupações, as funções que mais perderam vagas em fevereiro foram as de vendedores e demonstradores, com 5.282 postos de trabalho a menos. A segunda com maior redução foi a de caixas dos estabelecimentos, que viram seu mercado diminuir em 1.885 vagas, seguido pelos escriturários contábeis e de finanças (-1.291 empregos).  

A Entidade reforça que o saldo negativo observado nos primeiros meses do ano não resulta apenas do desligamento dos temporários contratados para o fim de 2015, pois os poucos mais de 13 mil postos de trabalho criados no varejo paulista em novembro do ano passado foram praticamente dizimados já em dezembro (quando foram eliminadas 12.181 vagas). Os 33.441 empregos formais perdidos nos dois meses deste ano expressam o aprofundamento da crise no mercado de trabalho.

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