Sindicalistas contestam o ranking das centrais sindicais

O Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) divulgou  no Diário Oficial da União a relação das centrais sindicais que atendem à legislação brasileira e receberão os certificados de representatividade.. conforme divulgou o DL na edição de segunda-feira.

Mas esse ranking está sendo contestado pelos sindicalistas Herbert Passos Filho e Paulo Pimentel, respectivamente diretores  da Força Sindical, e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). A Força ficou na quarta colocação e a NCST em quinto lugar.

Herbert Passos diz que estranha o fato do desemprego ter crescido, a ponto de recentemente atingir 11 milhões de desempregados, em comparação ao crescimento de algumas centrais sindicais. “Acho que o método usado pelo MTE deve ser revisto para o próximo ano. A Força Sindical manteve o número de trabalhadores filiados, mas outras entidades cresceram em número de filiados numa época de pleno desemprego, o que, para mim, é muito estranho”, informa.

Ele conclui acrescentando que, a Força Sindical caiu da segunda para a terceira posição, num empate técnico com a CTB, uma vez que a Força ficou atrás com uma diferença de apenas 965 trabalhadores.

Já, o sindicalista Paulo Pimentel, PP,. diretor da NCST na Baixada Santista, também diz estranhar o crescimento exagerado de algumas centrais sindicais. “Queremos saber com exatidão o método para a escolha desse ranking. A NCST continua crescendo, mas ficou na quinta posição. Alguma coisa está errada e vamos averiguar. Não queremos ser privilegiados, mas queremos saber os métodos usados nessa escolha, onde entidades com bem menos sindicatos, estão nas primeiras colocações acima da NCST que possui 1.136 sindicatos filiados”, conclui.

A lista das entidades que poderão representar os trabalhadores brasileiros em fóruns tripartites, conselhos e colegiados, além de receber parte do dinheiro da contribuição sindical dos trabalhadores em 2016. está divulgada abaixo na tabela enviada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

CUT lidera

Pelo oitavo ano consecutivo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) se manteve como a maior entidade. Com 2.319 sindicatos filiados e 3,88 milhões de trabalhadores sindicalizados, ela representa 30,4% dos trabalhadores brasileiros, quase um terço do total.

Em segundo lugar ficou a União Geral dos Trabalhadores (UGT), com 11,29% de representatividade, seguida pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros (CTB) e Força Sindical, com 10,08% cada – a diferença entre essas duas últimas é de apenas 965 trabalhadores.