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Sindical e Previdência

Mudanças nos critérios para aposentadoria especial são criticadas em audiência pública

Além de não ser exigido uma idade mínima atualmente, neste tipo de aposentadoria não há aplicação do Fator ­Previdenciário

Da Reportagem

Publicado em 02/08/2017 às 10:00

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Sindicalistas participaram ontem da audiência pública convocada pelo Senado para debater o assunto / Divulgação

Trabalhadores que lidam com atividades de risco ou agentes nocivos, químicos e biológicos e, por isso, aposentam-se mais cedo, serão prejudicados pela reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, alertaram ontem representantes de diversas categorias profissionais que participaram de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
 
A reforma da Previdência (Proposta de Emenda Constitucional 287 na Câmara dos Deputados), estabelece a exigência de idade mínima de 55 anos e pelo menos 20 anos de contribuição para dar entrada na obtenção da aposentadoria especial.
 
Atualmente não é considerado o critério da idade mínima. Os empregados em atividade em ambientes sujeitos a condições especiais, insalubres, perigosos e que prejudicam a sua saúde têm direito ao benefício que, dependendo da atividade, pode ser requisitado após 15, 20 ou 25 anos de trabalho.
 
Além de não ser exigido uma idade mínima atualmente, neste tipo de aposentadoria não há aplicação do Fator ­Previdenciário. Outra
vantagem é que a aposentadoria especial exige menor tempo de contribuição para a Previdência, mas tudo isso pode ser modificado pela reforma.
 
Perigo de morte
 
Segundo Eduardo Annunciato, representante da Força Sindical, essas ­aposentadorias não são privilégios, mas uma forma de proteção do estado para aqueles que estão expostos a agentes prejudiciais. Ele avalia que o trabalhador ficará muito mais tempo em contato com produtos perigosos e submetidos a situações estressantes. Acabará, assim, morrendo antes de se ­aposentar.
 
“Os trabalhadores da mineração, por exemplo, não vão conseguir se aposentar porque é comum morrerem mais cedo. Eles, e outras categorias, colocam suas vidas e suas saúdes em risco para dar conforto e a qualidade de vida à sociedade”,  disse.
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