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Sindical e Previdência

Greve na Cursan já dura 23 dias

Trabalhadores farão assembleia nesta sexta-feira, às 7h30, na portaria do setor de obras (som) para definir rumo da paralisação

Da Reportagem

Publicado em 19/08/2016 às 10:50

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Em assembleia ontem, a categoria decidiu prosseguir com a greve até que salários atrasados sejam pagos / Divulgação

Os 140 empregados da companhia cubatense de urbanização e saneamento (Cursan) representados pelo sindicato dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos), entram hoje no 23º dia de greve, conforme decisão de assembleia realizada ontem.

Eles farão nova assembleia hoje, às 7h30, na portaria do setor de obras (som), Rua Papa João Paulo II, 71, bairro Sítio Cafezal, para analisar eventual proposta da empresa para quitação de salários e benefícios em atraso.

A categoria retomou a greve na quinta-feira da semana passada (11), que havia sido suspensa em 4 de agosto, após 14 dias de paralisação. Eles esperavam que a empresa de economia mista controlada pela prefeitura depositasse, na quarta-feira (10), os salários e benefícios em atraso.

Em audiência de instrução e conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), no dia 2, juíza Ivani Contini Bramante sugeriu, em São Paulo, que os trabalhadores retornassem ao trabalho e aguardassem a quitação dos atrasados no dia 10.

Em assembleia na manhã do dia 3, eles acataram a proposta conciliatória.

“Mais uma vez”, reclama o presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, “a empresa demonstra não respeitar os empregados, a Justiça do Trabalho e nem a si própria”.

Embora a Cursan não tenha prometido, na audiência, pagar os salários e benefícios, o sindicalista pondera que “ela deveria ter se esforçado para isso. O que não pode é o pessoal passar necessidade por causa de irresponsabilidades administrativas”.

Segundo o diretor do Sintracomos Ramilson Manoel Elói, a companhia depositou os salários “apenas de alguns”. Ele não sabe especificar quantos, mas garante que a “esmagadora maioria ficou sem receber, enfrentando enormes dificuldades”.

O sindicalista revela que estão atrasados quatro cartões bônus (gifts), dois vales-refeições, um vale-transporte e duas cestas-básicas, além de salários e gratificações de férias. Segundo ele, o jurídico do sindicato já comunicou de novo o fato ao TRT.

Data-base

Para a renovação do acordo coletivo de trabalho, o TRT propôs, na audiência, reajuste de 10%, sendo 5% na data-base de maio e 5% em janeiro de 2017, extensivo às cláusulas sociais.

A desembargadora propôs também o pagamento dos dias de greve, a partir de 21 de julho, alegando que a paralisação não se deu apenas por causa da campanha salarial, mas também contra os atrasos.

A empresa não aceitou, alegando situação econômica difícil, bloqueio judicial de contas bancárias e um passivo de R$ 78 milhões no exercício de 2015. Propôs apenas garantia de emprego por um ano, sem reajuste salarial na data-base.

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