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Saúde

Dez coisas que você não sabia sobre Tuberculose

A doença consta na lista da OMS como uma das 10 maiores causas de morte no mundo

Da Reportagem

Publicado em 25/03/2017 às 17:30

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Atualmente, surgem 10 milhões de novos casos, e morrem aproximadamente 1,4 milhões de pessoas por ano / Divulgação

No mês do combate à Tuberculose, a Doctoralia, plataforma líder mundial para a conexão de profissionais de saúde com pacientes em todo o Brasil, entrevistou um de seus médicos cadastrados, o infectologista Rodrigo Athanazio, Doutor pela Universidade de São Paulo a respeito de curiosidades sobre a Tuberculose. A Doctoralia tem mais de 1800 médicos infectologistas cadastrados na plataforma para tirar dúvidas e agendar consultas.

A Tuberculose consta na lista da OMS como uma das 10 maiores causas de morte no mundo, além de ser a terceira causa mundial de mortalidade causada por um agente infeccioso. Atualmente, surgem 10 milhões de novos casos, e morrem aproximadamente 1,4 milhões de pessoas por ano mundialmente devido à doença.

Foram encontradas evidências da existência das bactérias de tuberculose em múmias do antigo Egito e o médico grego Hipócrates falou de "consumo" em seus escritos do séculos IV e V a.C.

O termo usado para Tuberculose antigamente era justamente “consumo”, pois os pacientes sofriam com acentuada perda de peso, aparentando serem consumidos pela doença.

Dia Mundial da Tuberculose foi instituído em 24 de março quando Robert Koch, em 1882, descobriu a bactéria causadora da tuberculose, Mycobacterium tuberculosis. Em 1905, o pesquisador ganhou o  Prêmio Nobel de Medicina por suas pesquisas e descobertas sobre a tuberculose.

O tratamento no Brasil é feito de forma gratuita nos postos de saúde. São 4 medicamentos diferentes, os quais devem ser tomados por seis meses na maioria dos casos. O tratamento não pode ser interrompido com risco da micobactéria adquirir resistência.

A Tuberculose não está relacionada à gripe ou pneumonia. A doença é infecciosa e é transmitida pelo ar, embora seja preciso um longo tempo de exposição com a pessoa doente para que haja um contágio. O médico infectologista Rodrigo Athanazio diz que: “Estima-se que o risco aumente com pessoas que permaneceram por mais de 200 horas com pacientes com tuberculose bacilífera (aqueles que possuem exame de basciloscopia do escarro positivo) ou por mais de 400 horas com pacientes com tuberculose paucibacilar (aqueles que somente o exame de cultura de escarro é positivo).” Existe a possibilidade do contágio por meio de animais, porém isso quase nunca acontece.

A vacinação está recomendada nos países onde a doença é mais comum e tem como objetivo evitar formas extra-pulmonares graves da tuberculose. Segundo Athanazio, existem três tipos de tuberculose: pulmonar, pleural e extra-pulmonar, que ocorre quando a micobactéria da tuberculose se manifesta em outros órgãos tais como cérebro, rins e vias urinárias, fígado, intestino, meninges (membranas que recobrem o cérebro), pele e coração.  

A OMS estima que um terço da população do mundo tem tuberculose latente, o que significa que grande parte da população já teve contato e possui a micobactéria em seus organismos porém não são considerados como doentes e sequer transmitem a bactéria.

Segundo o  Ministério da Saúde, no Brasil, são notificados aproximadamente 70 mil casos de infectados novos por ano e ocorrem 4,5 mil mortes em decorrência da Tuberculose.

Apenas 1 em cada 10 pessoas infectadas com a bactéria desenvolvem a doença, embora esse risco aumente entre 26 e 31 vezes em pessoas com HIV.

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