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Saúde

Após vacinação antecipada, governo inicia campanha nacional contra a gripe neste sábado

As doses da vacina começaram a ser entregues no dia 1º de abril. A expectativa é que, até o dia 6 de maio, todas as doses sejam recebidas

Folhapress

Publicado em 28/04/2016 às 04:30

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O governo inicia campanha nacional contra a gripe neste sábado / Divulgação

A campanha nacional de vacinação contra a gripe começará neste sábado (30) e se estende até 20 de maio, de acordo com o Ministério da Saúde.

Em meio à preocupação com o aumento de casos de gripe fora de época, ao menos 22 Estados, no entanto, já haviam antecipado a aplicação das vacinas para parte do público-alvo ou para alguns municípios, segundo levantamento da pasta.

A partir deste sábado, dia de mobilização nacional contra a gripe, a campanha se estende para todo o país, incluindo os Estados onde não houve antecipação, como Sergipe, Alagoas, Ceará, Maranhão e Mato Grosso. Ao todo, a imunização estará disponível em 65 mil postos de saúde.

As doses da vacina começaram a ser entregues no dia 1º de abril. A expectativa é que, até o dia 6 de maio, todas as doses sejam recebidas.

A estimativa é que seja vacinado até 80% do público-alvo, composto por 49,8 milhões de pessoas, que fazem parte de grupos mais vulneráveis a complicações da gripe.

São eles: idosos, crianças de seis meses a cinco anos, trabalhadores de saúde, gestantes, mulheres que deram à luz há até 45 dias, povos indígenas, presos, funcionários do sistema prisional e pessoas com doenças crônicas. A escolha destes grupos segue orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde).

"Não há necessidade de pânico, de correria para as unidades. Não vai acabar a vacina para o público-alvo", diz o secretário de vigilância em saúde, Antônio Nardi.

Crianças que nunca se vacinaram contra gripe devem tomar a vacina em duas etapas, com 30 dias de intervalo entre as doses. Para os demais, a vacina é aplicada em apenas uma dose.

A vacina é composta por cepas de três tipos de vírus da gripe: H1N1, H3N2 e gripe B.

Avanço de casos

Neste ano, o vírus da gripe H1N1 responde pela maioria dos casos graves e mortes. De 250 mortes por complicações de gripe, 230 são por H1N1.

O total de casos graves e mortes já ultrapassa o registrado nos últimos dois anos. Situação semelhante, no entanto, havia sido registrada em 2013, quando também houve aumento de casos antes do período esperado - em geral, esse cenário é esperado para o início de maio, com a chegada do inverno.

"Temos que lembrar que influenza é sazonal. Um ano pode circular mais e outro menos, por isso a necessidade de que a população definida como público-alvo seja vacinada, porque não é possível prever qual ano será epidêmico ou não", diz a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues.

Para Antônio Nardi, apesar dos dados das últimas semanas indicarem uma possível estabilização do aumento de casos, ainda é cedo para analisar o cenário.

"O que podemos dizer é que tivemos antecipação dos quadros de incidência da doença. Nesse transcorrer estamos tendo alguma sinalização de diminuição. Mas não podemos dizer que a curva vai se estabilizar", afirmou.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, diz o alto número de mortes por gripe neste ano preocupa o governo.

"Desenvolvemos o mau hábito de não encarar com a devida seriedade essa enfermidade que infelizmente este ano veio mais cedo. Tivemos que antecipar a distribuição das vacinas, e mesmo assim ainda temos número elevado de casos graves e óbitos. Isso está nos preocupando demais", disse o ministro, que deve deixar o cargo ainda nesta quarta-feira em meio à crise política.

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