25 de Abril de 2024 • 20:23
Ministério Público já abriu um inquérito para apurar irregularidades na Unidade de Pronto Atendimento Central / Matheus Tagé/DL
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central foi tema de discussão na Câmara de Santos durante a sessão de ontem.
O equipamento foi alvo de críticas por parte do vereador Evaldo Stanislau (Rede), que classificou a unidade como um engodo. “As pessoas têm sido atendidas de maneira precária. Nós estamos diante de um absurdo, que o próprio Ministério Público já abriu um inquérito para ver gestão de pessoas, de materiais e de contrato”, disse Stanislau.
O parlamentar citou uma matéria do Diário do Litoral para recordar a morte de um paciente em um sanitário e contestou a posição da Prefeitura de Santos, que repassou a questão apontada pelo vereador à Fundação ABC, organização social (OS) gestora da unidade.
“É o fim do mundo. Não bastasse repassar a responsabilidade administrativa e de cuidar de áreas estratégicas como a Saúde. Se a UPA virar um matadouro, um lugar onde a pessoa morre no banheiro, e a Prefeitura não se sente responsável, ela manda a terceirizada apurar e responder? Eu entendo que há responsabilidade solidária”.
Stanislau também pediu para que o Legislativo cobrasse uma postura mais séria e responsável por parte do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e do secretário municipal de Saúde, Marcos Calvo.
Contraponto
Líder do Governo, o vereador Sadao Nakai (PSDB) defendeu a utilização da OS para administrar a UPA.
“Essa nova modalidade (OS), oferta muito mais capacidade de atendimento para a sociedade. A UPA passou de 450 para 800 atendimentos diários”.
Nakai rebateu Stanislau ao lembrar de outra acusação realizada pelo parlamentar da Rede, em relação ao Pronto-Socorro Central.
“É importante ter cautela de levar para o Ministério Público, de levar à imprensa e fazer alarde. O mesmo vereador anteriormente fez uma denúncia em relação ao PS Central, imputou responsabilidade criminal ao secretário de Saúde e não foi provado que o óbito que por lá teve foi por contaminação como ele acusou”.
O tucano disse que o paciente enfartou na UPA e que a fatalidade poderia ter ocorrido em qualquer local, negou negligência por parte do secretário e falou que não há transferência de responsabilidade.
“Para o amplo funcionamento das ocorrências que acontecem o contratante, que é a Prefeitura, precisa repassar ao contratado a responsabilidade da melhoria da gestão e da logística”.
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