X

Política

'No Brasil, cada um quer derrubar o outro', diz Temer

O presidente foi delatado criminalmente pela cúpula da JBS e tenta barrar as acusações no Supremo Tribunal Federal

Estadão Conteúdo

Publicado em 13/09/2017 às 08:30

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Temer defendeu que se monte uma comissão de debates no governo integrada por representantes dos sindicatos e do Legislativo / Agência Brasil

Um dia depois de ser associado pela Polícia Federal à prática de corrupção investigada no inquérito do "quadrilhão" do PMDB, o presidente da República, Michel Temer, afirmou ontem, 12, que "o povo brasileiro é maior do que qualquer crise" e que no País "cada um quer derrubar o outro". Temer também disse que problemas são "artificialmente criados" no Brasil.

O presidente também foi delatado criminalmente pela cúpula da JBS e tenta barrar as acusações no Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto espera uma eventual segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República, possivelmente por organização criminosa e obstrução da Justiça.

Em busca de uma agenda positiva na economia, Temer fez de uma reunião com empresários e sindicalistas uma cerimônia aberta no Palácio do Planalto, posando para fotos e com direito a discursos de ministros e dos convidados. Temer defendeu que se monte uma comissão de debates no governo integrada por representantes dos sindicatos e do Legislativo.

"Esse diálogo é fundamental para a democracia até porque irmana, fraterniza as pessoas. O que é uma coisa muito importante num País em que cada um quer derrubar o outro, cada um quer derrotar o outro, cada um quer encontrar um caminho para verificar como é que atrapalha o outro. E não consegue. Não consegue porque o Brasil não para. O povo brasileiro é maior do que toda e qualquer crise, é capaz de encarar os problemas, muitas vezes artificialmente criados, e dizer 'não vou no artifício, vou na realidade'. E a realidade é o crescimento do País."

O relatório final da PF aponta indícios de que Temer e os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil) cometeram crime de corrupção. O documento indica também que Temer recebeu R$ 31,5 milhões de vantagens por participar de suposta organização criminosa, formada por políticos, que atuou na Petrobras e nos governos petistas.

As conclusões foram encaminhadas ao STF. O relatório desta investigação, iniciada em 2015, era aguardado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para finalizar uma eventual segunda denúncia contra Temer.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Confira o resultado da Dupla Sena no concurso 2653, nesta segunda (22)

O prêmio é de R$ 1.700.000,00

Cotidiano

Confira o resultado da Super Sete no concurso 535, nesta segunda (22)

O prêmio é de R$ 500.000,00

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter