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Política

Lula se compara a Messi e diz que Doria 'cumpre papel' ao atacá-lo

O ex-presidente ainda afirmou que será candidato à Presidência da República 'para ganhar'

Folhapress

Publicado em 18/08/2017 às 15:31

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Lula afirmou que Doria 'saiu do nada' e que não o conhecia / Agência Brasil

Um dia depois de iniciar sua caravana pelo Nordeste, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se comparou ao jogador argentino Lionel Messi e criticou o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), afirmando que o tucano "saiu do nada" para atacá-lo.

"Ele faz tipo um cara de novela. Tem um papel a cumprir. Vou atacar Mascherano [zagueiro do Barcelona] ou Messi [atacante do time]? Tô apanhando que nem cachorro vira-lata e quando esses caras veem uma pesquisa, eu tô na frente", disse Lula em entrevista à rádio "Metrópole", da Bahia.

Lula ainda afirmou que Doria "saiu do nada" e que não o conhecia: "Eu queria que ele governasse São Paulo, só isso. Primeiro vai ter que comprovar que ele pode fazer. Uma coisa é gerir quitanda, outra coisa é gerir uma cidade", disse.

Na entrevista, Lula ainda afirmou que será candidato à Presidência da República "para ganhar". E que, mesmo se for impedido pela Justiça de concorrer, terá papel de protagonismo na campanha presidencial.

"Serei cabo eleitoral mais valioso deste país. Eu serei como o Neymar está para o PSG, eu estarei para as eleições de 2018. Eu estou muito tranquilo e consciente do que precisa ser feito para este país", afirmou.

O petista citou como possíveis candidatos do PT os governadores petistas Rui Costa (Bahia), Fernando Pimentel (Minas Gerais), Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piauí), além do ex-ministro Jaques Wagner.

Dilma

Na entrevista, Lula declarou que não concorreu em 2014 porque Dilma não o procurou abrindo mão do direito à reeleição.

"Havia um movimento volta Lula e chamei o pessoal para responsabilidade [...] Eu cheguei e falei que a candidata era Dilma, não tinha sentido eu tentar tomar o mandato da Dilma, se ela tivesse me procurado e sugerido minha volta, ela não me procurou, não conversou eu intuí que ela queria se reeleger e cabia a mim ajudar", afirmou.

Ao elogiar a "capacidade gerencial" da sucessora, ele admitiu que Dilma era alvo de críticas de políticos.

"A Dilma não pediu pra ser presidente, eu que indiquei. Demonstrou uma competência extraordinária como gestora e à medida que eu fui escolher um presidente, e eu pensei em Dilma, a capacidade gerencial que ela tem", disse.

"Ela fez muita coisa no ponto de vista gerencial, já no político muita gente se queixa. Não sei se ela tem culpa sozinha disso", completou.
Sem fazer uma referência direta à ex-presidente, Lula disse, no momento que falava das críticas a Dilma, que para governar é preciso ter "capacidade de ouvir".

'Devia beijar meu pé'

Lula voltou a criticar a Operação Lava Jato e a imprensa e afirmou que o juiz Sérgio Moro o condenou para atender interesses da Rede Globo.

"O apartamento do tríplex não é meu, saiu na sentença do próprio Moro que não é meu, mas fui condenado, porque, se eu não fosse condenado, como é que Moro ia se explicar com a Globo? Com o Jornal Nacional?", afirmou Lula.

Segundo o ex-presidente, o Ministério Público "construiu uma mentira" ao comparar o PT a uma organização criminosa e afirmar que ele seria o chefe desta organização.

"Então, tudo o que Lula fez no governo foi para roubar. Essa tese não se sustenta. E qual é a preocupação minha? Eles não tem como sair dessa mentira", afirmou.

Por fim, o petista voltou a lamentar a decisão da Justiça Federal de suspender a entrega de um título de doutor honoris causa da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano) acatando ação do vereador de Salvador Alexandre Aleluia (DEM).

"Fico com pena do vereador, é tão medíocre. Primeiro porque ele deveria me dar o título, ele sabe que faz parte da elite política perversa. Aquela universidade lá tem o maior percentual de negros. Ele deveria beijar meu pé", afirmou.

Nesta sexta-feira (18), Lula visitará as cidades de Cruz das Almas e São Francisco do Conde, no recôncavo baiano. A caravana deve durar 20 dias e passar por 25 cidades do Nordeste.

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