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Política

Laudo da PF indica que Lula orientou reformas de R$ 1,2 mi em sítio

Segundo os peritos da PF, as obras na propriedade rural começaram a ser projetadas em setembro de 2010 durante o segundo mandato na Presidência da República

Folhapress

Publicado em 28/07/2016 às 15:00

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Laudo da PF indica que Lula orientou reformas de R$ 1,2 mi em sítio / Agência Brasil

Um laudo produzido pelo setor de perícia da Polícia Federal aponta indícios de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a mulher dele, Marisa Letícia, orientaram reformas feitas no sítio em Atibaia (SP) frequentado pela família do petista.

Segundo os peritos da PF, as obras na propriedade rural começaram a ser projetadas em setembro de 2010 e tiveram início em novembro de 2010, quando Lula ainda exercia o seu segundo mandato na Presidência da República.

Os trabalhos no sítio prosseguiram até outubro de 2014 e custaram ao todo R$ 1,2 milhão, de acordo com a avaliação da perícia da PF.

Ao analisar a instalação de equipamentos de cozinha no sítio, o laudo aponta que a "execução foi coordenada por arquiteto da empreiteira OAS, Sr. Paulo Gordilho, com conhecimento do presidente da OAS, Léo Pinheiro, e com orientação do ex-presidente Lula e sua esposa, conforme identificado nas comunicações do arquiteto da empreiteira e de Fernando Bittar".

Como Folha de S.Paulo noticiou em março, Bittar, um dos donos do sítio, afirmou à força-tarefa da Operação Lava Jato que Marisa coordenou parte das obras feitas na propriedade rural.

Indagado na época sobre quem foi o autor dos pagamentos das obras, Bittar disse não saber e ressaltou que tal questão deveria ser esclarecida pela mulher de Lula.

Segundo seu advogado, Bittar "primeiro fez um projeto com uma arquiteta da confiança dele, mas Marisa não gostou. Aí foi feito um segundo projeto por um engenheiro da OAS que a agradou. Ele sempre dizia para o engenheiro da OAS: 'Me apresenta a conta'. Mas o engenheiro respondia: 'Não, pode deixar, pode deixar'".

Procuradores investigam se as empreiteiras Odebrecht e OAS e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram ilegalmente o ex-presidente por meio do pagamento de obras e melhorias para o sítio.

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