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Política

Grupo Bertin também pagou reforma no sítio de Atibaia, diz PF

O grupo Bertin, hoje incorporado à JBS, também é investigado na Lava Jato

Folhapress

Publicado em 30/11/2016 às 21:30

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m novo laudo da Polícia Federal mostra que empresas do frigorífico Bertin também pagaram pela reforma do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva / Agência Brasil

Um novo laudo da Polícia Federal mostra que empresas do frigorífico Bertin também pagaram pela reforma do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A informação foi antecipada pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

O grupo transferiu R$ 110 mil ao arquiteto Igenes dos Santos Irigaray Neto, que coordenou a reforma do local na sua primeira etapa, em 2010.

O sítio, alvo de investigação da Operação Lava Jato, foi reformado pela OAS, Odebrecht e pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. A PF suspeita que o verdadeiro dono do local seja o ex-presidente e que as reformas tenham sido feitas como um agrado ao petista.

O grupo Bertin, hoje incorporado à JBS, também é investigado na Lava Jato.

Seu ex-presidente, Natalino Bertin, é réu sob suspeita de envolvimento em um empréstimo fraudulento feito pelo banco Schahin a José Carlos Bumlai. Parte do dinheiro foi transferido ao frigorífico. O empresário nega fraude e diz que emprestou a conta como "um favor a um amigo".

O laudo, anexado ao inquérito na semana passada, também mostra que Irigaray Neto trocou e-mails sobre a reforma com executivos da Bertin, dando detalhes de projeto, orçamento e prazos de entrega, além de fotos da obra.

Os depósitos ao arquiteto foram feitos por meio da Rema Participações, antiga Transbertin Transportes, pertencente ao grupo Bertin.

O inquérito que investiga a propriedade do sítio continua em andamento.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Bertin. O ex-presidente Lula afirma que nunca foi proprietário do sítio e nega ter recebido quaisquer vantagens indevidas durante e após seu mandato na Presidência.

Irigaray Neto disse à PF que recebeu pelo serviço para o qual foi contratado e que não tem conhecimento de irregularidades.

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