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Política

Crise da carne causou embaraço econômico ao Brasil, diz Temer

O presidente peemedebista, porém, minimizou o seu alcance no mercado brasileiro

Folhapress

Publicado em 21/03/2017 às 12:01

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Temer disse que a descoberta de fraudes em frigoríficos nacionais causou um 'embaraço econômico' para o país / Agência Brasil

Com a ameaça de países estrangeiros em barrar a importação da carne brasileira, o presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (21) que a descoberta de fraudes em frigoríficos nacionais causou um "embaraço econômico" para o país.

Em discurso a empresários e investidores, o peemedebista avaliou que causou um "grande alarde" as irregularidades descobertas pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, mas minimizou o seu alcance no mercado brasileiro.

A estratégia de minimizar as irregularidades e criticar a atuação da Polícia Federal tem sido usada pelo governo peemedebista na tentativa de evitar um impacto maior na compra da proteína animal pelo mercado internacional.

"Houve um grande alarde nos últimos dias em relação à carne brasileira e, evidentemente, que isso causa, não posso deixar de registrar, um embaraço econômico ao país", disse. "Não podemos deixar transitar impunemente um alarde que não alcança a totalidade dos frigoríficos e exportadores brasileiros", acrescentou.

O presidente defendeu que desvios cometidos por servidores públicos "devem ser apurados" e comemorou a decisão da Coreia do Sul de retomar a compra do frango brasileiro. "Certamente pela pronta resposta das autoridades brasileiras e dos esclarecimentos cabais dos fatos", disse.

Na tentativa de acalmar o mercado financeiro, o presidente defendeu que nenhum episódio vai tirar o país do rumo do crescimento. "O Brasil tem rumo e não vai se distrair", ressaltou.

Em reunião no Palácio do Planalto, na noite de segunda-feira (20), presidente defendeu que a equipe ministerial contribua na ofensiva para reduzir os danos da crise da carne e defenda o discurso de que é um "episódio localizado", que não envolve a maioria dos frigoríficos.

Ele pregou que, em discursos públicos, auxiliares e assessores deem a "real dimensão" do problema e expliquem o esforço feito pela gestão peemedebista. O presidente demonstrou ainda preocupação com a possibilidade de demissões em frigoríficos, agravando o cenário de desemprego.

Além do impacto na balança comercial, o Palácio do Planalto receia que a crise da carne afete a expectativa do mercado financeiro de recuperação da economia, considerada o principal trunfo da gestão peemedebista diante das denúncias de envolvimento de ministros na Operação Lava Jato.

A preocupação manifestada pelo presidente é que a economia demore mais para se recuperar. A previsão mais pessimista feita à reportagem por integrantes do governo é de que o quadro de crise pode rebaixar a previsão de crescimento de 1,2% para menos de 1%.

Em discurso, em evento promovido pelo Conselho das Américas, o peemedebista também afirmou que recebeu no final de semana um telefonema do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo ele, o americano demonstrou interesse em estreitar as relações comerciais e políticas entre os dois países.

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