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Política

Barroso defende Lava Jato, mas critica 'vazamentos seletivos'

Ele acrescentou que o necessário respeito à transparência "não legitima vazamentos seletivos, venham da acusação, da defesa ou da polícia"

Folhapress

Publicado em 26/08/2016 às 20:30

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As declarações foram dadas em meio a uma crise entre o STF e o Ministério Público Federal / Divulgação

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso usou sua participação, num fórum sobre liberdade de expressão em São Paulo, na manhã desta sexta (26), para defender a Operação Lava Jato de "robustas e previsíveis reações" que, "se bem-sucedidas, impedirão a mudança de patamar ético de que o país precisa".

Segundo ele, "essas reações incluem ataque ao Ministério Público, tentativas de reverter a jurisprudência do Supremo que permite a execução de condenações após o segundo grau, articulações para preservar mandatos maculados com mudanças legislativas que façam tudo ficar tão parecido quanto possível com o que sempre foi".

Para o ministro, "o país precisa de uma sociedade mobilizada e de um Judiciário independente, capazes de continuar a promover uma virada histórica na ética pública e na ética privada". Para encerrar, afirmou: "Já nos perdemos pelo caminho outras vezes, precisamos acertar agora".

Antes, Barroso havia defendido a Lava Jato, que citou nominalmente, dizendo "a novidade é que a corrupção tem sido enfrentada nos últimos tempos com investigação séria, cooperação internacional, tecnologia e técnica jurídica".

Acrescentou porém que o necessário respeito à transparência "não legitima vazamentos seletivos, venham da acusação, da defesa ou da polícia".

As declarações foram dadas em meio a uma crise entre o STF e o Ministério Público Federal. O vazamento de informações que envolvem o ministro Dias Toffoli levou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a anunciar o rompimento das negociações de delação premiada com Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS, um dos principais alvos da Lava Jato.

O ministro Gilmar Mendes afirmou suspeitar que a citação ao colega de Supremo tenha vazado a partir de procuradores, em uma tentativa de retaliação a decisões da corte -Toffoli é autor, por exemplo, da decisão que tirou da cadeia o ex-ministro Paulo Bernardo, alvo da Operação Custo Brasil, o que contrariou integrantes da Lava Jato.

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