X

Polícia

Polícia Federal abre novo inquérito sobre propinas da Odebrecht em 38 obras

São apurados suposta prática dos crimes de corrupção ativa passiva, quadrilha, lavagem de capitais e de fraude em licitações

Estadão Conteúdo

Publicado em 28/09/2016 às 16:00

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Polícia Federal abre novo inquérito sobre propinas da Odebrecht em 38 obras / Divulgação

A Polícia Federal abriu novo inquérito para apurar pagamentos de propinas da Odebrecht em outros contratos, além do que estavam sob investigação na Petrobras pela Operação Lava Jato. O alvo são 38 negócios identificados nos registros de pagamentos do Setor de Operações Estruturadas da empresa - o chamado "departamento da propina" - nas apurações da 35ª fase, batizada de Operação Omertà, que prendeu nesta segunda-feira, 26, o ex-ministro Antonio Palocci.

O delegado da Polícia Federal Filipe Hille Pace, da equipe da Lava Jato, em Curitiba, resolveu nesta terça-feira, 27, abrir o novo inquérito. "Resolve: Instaurar Inquérito Policial para amparar as medidas de polícia judiciária decorrentes dada deflagração da 35° fase ostensiva da Operação Lava Jato, batizada de 'Omertà', especificamente em relação ao núcleo de investigação objeto das medidas cautelares deferidas", informa Pace, em seu despacho.

São apurados suposta prática dos crimes de corrupção ativa passiva, quadrilha, lavagem de capitais e de fraude em licitações. "Foram identificados diversos beneficiários de recursos ilícitos disponibilizados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht", informa o delegado.

Lista

Na mira da PF estão 38 obras da empreiteira Odebrecht em todo o País e no exterior. Os empreendimentos foram destacados pelo delegado em relatório da Omertà. "Relaciono algumas das obras públicas e/ou consórcios e empresas indicadas no documento mencionado, repetindo que, por se tratarem de arquivos recuperados, estão parcialmente corrompidos, não sendo permitido vincular diretamente as obras e/ou consórcios e empresas indicadas com os beneficiários encontrados e mencionados acima", afirma.

Pace é taxativo. "É indubitável que os nomes que colaciono motivaram pagamento de vantagens indevidas a agentes ainda não identificados", diz. A Omertà investiga as relações de Antonio Palocci com a Odebrecht. Planilha apreendida durante a operação identificou que, entre 2008 e o final de 2013, foram pagos mais de R$ 128 milhões ao PT e seus agentes, incluindo Palocci.

As obras alvo do novo inquérito não tem relação necessária com as propinas pagas ao PT via Palocci. Novos nomes devem surgir, tanto de agentes públicos, como de políticos e operadores.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Coluna

Itanhaém prevê expansão econômica e outros assuntos

Congelamento da tarifa dos ônibus chegou ao público um pouco antes da hora

Ideia

Construtor sugere fundação nos moldes da Pinacoteca para 'novo' Escolástica Rosa

"Se formarmos um grupo e esse grupo for inteligente, envolve toda a sociedade no projeto"

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter