25 de Abril de 2024 • 11:20
Polícia
Ele foi interrogado na Delegacia de Defesa da Mulher e afirma que não premeditou o homicídio; o crime ocorreu no Boqueirão, em Santos, na última sexta-feira (14)
Leandro Gonçalves Santana foi preso nesta segunda-feira (17) em Bertioga / Divulgação/Polícia Civil
O pescador Leandro Gonçalves Santana, de 35 anos, afirmou, em interrogatório, que está arrependido pelo assassinato da ex-mulher, a balconista Valquíria Ferreira Pedrosa Santana, de 25 anos. O crime, a facadas, foi cometido no final da madrugada de sexta-feira (14), quando a balconista seguia para a padaria onde trabalhava, no Boqueirão, em Santos.
O acusado fugiu após o crime e foi encontrado pela Polícia Militar dormindo em um barco na manhã desta segunda-feira (17), no Centro de Bertioga.
Ele foi interrogado por cerca de 30 minutos pela delegada Fernanda dos Santos Sousa, titular da Delegacia da Mulher (DDM) de Santos, e recolhido à cadeia na tarde desta segunda por força de mandado de prisão temporária por 30 dias.
Santana afirmou, no interrogatório, que não premeditou o crime e disse que teve uma discussão com a vítima sobre o impedimento para ele fazer visitas ao filho, de seis anos. Uma medida protetiva garantia que ele não se aproximasse a menos de 250 metros da ex-mulher e de familiares dela, incluindo o filho, sob pena de prisão em flagrante em caso de descumprimento.
A delegada diz acreditar que o homicídio foi premeditado e que o motivo foi Santana não aceitar o fim do relacionamento.
“As imagens (de monitoramento) mostram que não houve sequer conversa. Ele já chega partindo para a agressão e ele não para de agredi-la”, afirmou.
“Creio muito que tenha sido premeditado, porque realmente ele tinha duas facas em poder dele”, complementou a delegada.
O fato de colocar uma jaqueta para deixar o local do crime, na avaliação da autoridade policial, também é um indício de premeditação.
“Acredito muito que ele estivesse inconformado com a separação, porque foi ela quem saiu de casa”, afirmou.
A delegada vai relatar o inquérito à Justiça nesta semana e pedir a prisão preventiva do acusado. Ele não ostenta antecedentes criminais.
Até a noite desta segunda-feira, Santana não tinha advogado.
Fuga
Santana disse à delegada que após o crime caminhou até a orla do José Menino e jogou o celular da vítima no Emissário Submarino. Ele afirma que depois seguiu em um ônibus até a Ponta da Praia, onde fez a travessia para Guarujá.
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